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Verso e Prosa: poesias para a alma, crônicas para a vida (livro impresso): https://clubedeautores.com.br/livro/verso-e-prosa-2

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CONHECENDO O AUTOR DO BLOG

O professor e escritor Marcos Cortinovis Carvalho nasceu no Rio de Janeiro, na capital, em 1975. Após estabelecer-se profissionalmente como professor, foi morar em Mangaratiba, município da Costa Verde fluminense, onde permaneceu por três anos. Atualmente reside em Itaguaí, município da região metropolitana do Rio de Janeiro, compreendida entre a Baixada Fluminense e a Costa Verde.

Casou-se em 1998, tem dois filhos e um neto. Estudou Direito, mas não chegou a se formar, trancou o curso quando iniciou o quinto ano da faculdade e, em seguida, ingressou no curso de Letras. Fez especialização em Linguística e Língua Portuguesa e cursou Mestrado, cuja pesquisa volta-se à leitura e produção textual de alunos em privação de liberdade.

É professor da Rede Estadual de Ensino do Rio de Janeiro, possui duas matrículas públicas: por uma delas, é lotado em uma escola situada em um presídio, onde, além de lecionar Língua Portuguesa e Literatura, coordena trabalhos extraclasse – o Festival de Música e o Café Literário – os quais visam não apenas o desenvolvimento intelectual dos alunos, mas também a sensibilidade artística deles; por outra matrícula, leciona Português e Literatura em Itaguaí.

Lançou-se pela primeira vez no mundo da literatura como escritor com a obra "Nos trilhos do trem e outras crônicas", em que, além de outros temas, inspira-se no dia a dia do trem suburbano do Rio de Janeiro.

Além disso, inspirou-se em cronistas pelos quais tem grande admiração – Luís Fernando Veríssimo, Stanislaw Ponte Preta, Rubem Braga e Zuenir Ventura – e pretende alçar mais voos no universo literário.

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Variação Linguística

 Texto 1

 Capim guiné

(Raul Seixas)

 Plantei um sítio no sertão de Piritiba

Dois pé de guataíba, cajú, manga e cajá

Peguei na enxada como pega um catingueiro

Fiz aceiro, botei fogo, "Vá vê cumé que 'tá"

 

Tem abacate, genipapo e bananeira

Milho verde, macaxeira, como diz no Ceará

Cebola, coentro, andú, feijão de corda

Vinte porco na engorda, inté um gado no currá

 

Com muita raça, fiz tudo aqui sozinho

Nem um pé de passarinho veio a terra semear

Agora veja, cumpadi a safadeza

Começô a marvadeza, todo bicho vem prá cá

 

Num planto capim-guiné

Pra boi abaná rabo

Eu tô virado no diabo, eu tô retado cum você

'Tá vendo tudo e fica aí parado

Cum cara de veado que viu caxinguelê.

 

Sussuarana só fez perversidade

Pardal foi pra cidade

Peruá minha saqué (qué, qué)

Dona raposa só vive na mardade

Me faça a caridade, se vire, dê no pé

 

Sagui trepado no pé da goiabeira

Sariguê na macaxeira, tem inté tamanduá

Minhas galinha já num ficam mais paradas

E o galo de madrugada tem medo de cantar

 

Num planto capim-guiné

Pra boi abaná rabo

Eu tô virado no diabo, eu tô retado cum você

'Tá vendo tudo e fica aí parado

Cum cara de veado que viu caxinguelê.


 1) A letra da canção retrata um cenário bem simples e de fácil entendimento onde se planta capim guiné, mesmo com muitas dificuldades, e, na época da colheita, há uma grande invasão de vários animais e pássaros. Nesse sentido, é notório o uso de uma variação linguística típica de uma determinada região, o que se revela nos trechos a seguir, exceto em:

a)      Fiz aceiro

b)      Inté um gado no currá

c)      Eu to retado cum você

d)     Tá vendo tudo e fica aí parado

e)      Começo a marvadeza

 2) Além da variação regional, que outro tipo de variação linguística é possível determinar com o uso de expressões como: “dois pé”, “vinte porco”.

 3) O Capim Guiné, também conhecido como capim Colonião é uma espécie de capim para alimentação de gado, muito procurado por que se reproduz em grande quantidade o ano inteiro, e as plantas novas contêm até 13 % de proteínas, o que é importante na alimentação do gado. A partir dessa explicação, que interpretação é possível ser feita sobre os versos “Num planto capim-guiné / Pra boi abaná rabo”?

 4) Considere o fragmento “macaxeira, como diz no Ceará”. Pesquise os outros nomes que existem para “macaxeira” e indique em que região do Brasil esses nomes são usados.

5)


Que variações linguísticas podem ser identificadas nessa imagem?



GABARITO

1) d)

2) Variação social

3) O eu lírico não planta o capim guiné para outros bichos comerem e seus bois ficarem sem alimento.

4) Mandioca, no Sul; aipim, no Sudeste. (existem outras denominações)

5) Variação histórica, devido à mudança de grafia com o passar do tempo; e variação social, pois “vomincê” ou “vassuncê” eram formas usadas pelos escravos nas fazendas de engenho, em vez de “vossa mercê”.


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