MEUS LIVROS

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Nos trilhos do trem e outras (livro impresso) crônicas: https://editoramultifoco.com.br/loja/product/nos-trilhos-do-trem-e-outras-cronicas/

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Verso e Prosa: poesias para a alma, crônicas para a vida (livro impresso): https://clubedeautores.com.br/livro/verso-e-prosa-2

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CONHECENDO O AUTOR DO BLOG

O professor e escritor Marcos Cortinovis Carvalho nasceu no Rio de Janeiro, na capital, em 1975. Após estabelecer-se profissionalmente como professor, foi morar em Mangaratiba, município da Costa Verde fluminense, onde permaneceu por três anos. Atualmente reside em Itaguaí, município da região metropolitana do Rio de Janeiro, compreendida entre a Baixada Fluminense e a Costa Verde.

Casou-se em 1998, tem dois filhos e um neto. Estudou Direito, mas não chegou a se formar, trancou o curso quando iniciou o quinto ano da faculdade e, em seguida, ingressou no curso de Letras. Fez especialização em Linguística e Língua Portuguesa e cursou Mestrado, cuja pesquisa volta-se à leitura e produção textual de alunos em privação de liberdade.

É professor da Rede Estadual de Ensino do Rio de Janeiro, possui duas matrículas públicas: por uma delas, é lotado em uma escola situada em um presídio, onde, além de lecionar Língua Portuguesa e Literatura, coordena trabalhos extraclasse – o Festival de Música e o Café Literário – os quais visam não apenas o desenvolvimento intelectual dos alunos, mas também a sensibilidade artística deles; por outra matrícula, leciona Português e Literatura em Itaguaí.

Lançou-se pela primeira vez no mundo da literatura como escritor com a obra "Nos trilhos do trem e outras crônicas", em que, além de outros temas, inspira-se no dia a dia do trem suburbano do Rio de Janeiro.

Além disso, inspirou-se em cronistas pelos quais tem grande admiração – Luís Fernando Veríssimo, Stanislaw Ponte Preta, Rubem Braga e Zuenir Ventura – e pretende alçar mais voos no universo literário.

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Oração subordinada adverbial

Texto I
Quanto tempo resistimos sem comer nem beber?

Há registros de pessoas que suportaram até 200 dias sem comer, mas esse tempo sempre varia conforme a estatura. Sem água, porém, a resistência é bem menor e o estado de saúde torna-se bastante grave após cerca de 36 horas. Ficar sem comer por um ou dois dias normalmente não ocasiona problemas que possam afetar gravemente a pessoa. Essa situação não costuma causar mais que tonturas e dor de cabeça. “O jejum não tem indicação para ser usado de forma rotineira sob o ponto de vista médico, mas tem sido praticado desde a Antiguidade como preceito religioso para a purificação do espírito”, diz o endocrinologista Danilo Alvarenga de Carvalho. Quando feito sem controle médico, porém, o jejum pode implicar em sérios riscos para a saúde, inclusive levando à morte. Sem a ingestão de alimentos, o organismo começa a queimar suas reservas de energia, principalmente as gorduras.
Depois delas, consome as proteínas que compõem os tecidos. Ficar muito tempo sem se alimentar também provoca diversas alterações metabólicas e hormonais, com perda de vitaminas e sais minerais, alterações da pressão arterial, desmaios e problemas psicológicos. Mas a falta de água é bem mais grave. Um homem de estatura média contém em seu corpo aproximadamente 40 litros de água, necessária para resfriar o corpo.
Além disso, a água transporta as substâncias tóxicas que sobram da nutrição para serem eliminadas pelos rins e intestinos. Numa pessoa saudável, existe um equilíbrio entre a quantidade de líquidos ingeridos e eliminados. A perda desse equilíbrio em poucos dias é o suficiente para matar.
(Superinteressante Especial: Mundo estranho, agosto de 2001. Disponível em https://acessaber.com.br/atividades/interpretacao-de-texto-quanto-tempo-resistimos-sem-comer-nem-beber-9o-ano/)

1) Identifique a passagem que apresenta a ideia principal do texto:

a) “Há registros de pessoas que suportaram até 200 dias sem comer […]”
b) “Ficar sem comer por um ou dois dias normalmente não ocasiona problemas […]”
c) “[…] o jejum pode implicar em sérios riscos para a saúde, inclusive levando à morte.”

d) “Numa pessoa saudável, existe um equilíbrio entre a quantidade de líquidos ingeridos […]”

2) Em todas as alternativas, são apresentados os problemas mais graves decorrentes do jejum prolongado de alimento, EXCETO em:

a) “tonturas e dor de cabeça”.
b) “perda de vitaminas e sais minerais”.
c) “alterações da pressão arterial”.
d) “desmaios e problemas psicológicos”.

3) Neste trecho “Há registros de pessoas que suportaram até 200 dias sem comer, mas esse tempo sempre varia conforme a estatura”, a oração sublinhada tem valor de quebra de expectativa. Reescreva-a, transformando-a em uma Oração Subordinada Adverbial Concessiva:

4) Explique por que a oração destacada em “Um homem de estatura média contém em seu corpo aproximadamente 40 litros de água, necessária para resfriar o corpo” tem valor semântico de finalidade.

5) Em “Depois delas, consome as proteínas […].”, o pronome destacado substitui:

a) as tonturas e a dor de cabeça.
b) as reservas de energia.
c) as gorduras.
d) as substâncias tóxicas.

6) Na parte “Além disso, a água transporta as substâncias tóxicas que sobram da nutrição […].”, a expressão grifada estabelece uma relação de:

a) continuidade
b) comparação
c) conclusão
d) oposição

Texto II
7) A fala do personagem no primeiro quadrinho apresenta uma oração condicional:

a) Identifique-a:

b) Reescreva-a, usando a conjunção “caso”. Faça as adaptações necessárias:

8) Tirinhas são textos de humor. Em que consiste o humor dessa tirinha? 





Gabarito
1 – c
2 – a
3 - “apesar de esse tempo sempre variar conforme a estatura” (há outras formas de reescrever a oração, usando outras conjunções concessivas)
4 – Ela indica a finalidade de se ter aproximadamente 40 litros de água no corpo de um homem com estatura média.
5 – c
6 – a
7 – a) “Se um dia você usar o Facebook”
b) “Caso um dia você use o Facebook”
8 – O fato de o personagem dirigir-se a um sapo, fazendo crítica ao uso do Facebook.

Orações subordinadas adverbiais e adjetivas

Texto I
Durante anos, dei aulas em diferentes faculdades da Universidade Eduardo Mondlane. Os meus colegas professores queixavam-se da progressiva falta de preparação dos estudantes. Eu notava algo que, para mim, era ainda mais grave:uma cada vez maior distanciação desses jovens em relação ao seu próprio país.
Quando eles saíam de Maputo em trabalhos de campo, esses jovens comportavam-se como se estivessem emigrando para um universo estranho e adverso. Eles não sabiam as línguas, desconheciam os códigos culturais, sentiam-se deslocados e com saudades de Maputo. Alguns sofriam dos mesmos fantasmas dos exploradores coloniais: as feras, as cobras, os monstros invisíveis.
Aquelas zonas rurais eram, afinal, o espaço onde viveram os seus avós, e todos os seus antepassados. Mas eles não se reconheciam como herdeiros desse patrimônio. O país deles era outro. Pior ainda: eles não gostavam desta outra nação. E ainda mais grave: sentiam vergonha de a ela estarem ligados. A verdade é simples: esses jovens estão mais à vontade dentro de um videoclipe de Michael Jackson do que no quintal de um camponês moçambicano.
O que se passa, e isso parece inevitável, é que estamos criando cidadanias diversas dentro de Moçambique. E existem várias categorias: há os urbanos, moradores da cidade alta, esses que foram mais vezes a Nelspruit que aos arredores da sua própria cidade. Depois, há uns que moram na periferia, os da chamada cidade baixa. E há ainda os rurais, os que são uma espécie de imagem desfocada do retrato nacional. Essa gente parece condenada a não ter rosto e falar pela voz de outros.
(A fronteira da cultura, de Mia Couto. Acesso: http://www.cp2.g12.br/blog/cp2digital/files/2018/08/EMRM.pdf)
Vocabulário:
1 – Maputo: capital de Moçambique.
2 – trabalhos de campo: trabalho de pesquisa realizado fora da universidade.
3 – Moçambique: país africano.
4 – Nelspruit: cidade turística da África do Sul.

1) (Colégio Pedro II – 2018) No primeiro parágrafo do Texto, o autor compara suas impressões sobre os estudantes da Universidade Eduardo Mondlane com as impressões que os seus colegas professores tinham desses mesmos estudantes.
Em relação às impressões dos outros professores, é correto afirmar que o autor:

a) concorda com eles, pois todos consideravam os alunos despreparados.
b) discorda deles, pois o autor considerava os jovens distanciados do seu país.
c) concorda com eles, pois todos consideravam os jovens estrangeiros na própria nação.
d) discorda deles, pois o autor considerava os alunos parecidos com exploradores coloniais.

2) (Colégio Pedro II – 2018) Ainda no primeiro parágrafo do Texto I, Mia Couto apresenta sua tese a respeito do comportamento dos jovens para os quais dava aula.
Em relação a esse posicionamento, o segundo parágrafo cumpre a função de:

a) identificar a causa do comportamento observado.
b) oferecer um exemplo do comportamento observado.
c) fazer uma comparação em relação ao comportamento observado.
d) apresentar uma circunstância oposta ao comportamento observado.

3) Leia: “Quando eles saíam de Maputo em trabalhos de campo”. Que classificação essa oração deve receber? Explique sua resposta.

4) (Colégio Pedro II – 2018) Releia o seguinte trecho do Texto I: “Quando eles saíam de Maputo em trabalhos de campo, esses jovens comportavam-se como se estivessem emigrando para um universo estranho e adverso. Eles não sabiam as línguas, desconheciam os códigos culturais, sentiam-se deslocados e com saudades de Maputo.”
Uma reescrita coerente com a relação mantida entre os dois períodos do trecho destacado pode ser encontrada em:

a) [...] à medida que eles não sabiam as línguas, desconheciam os códigos culturais, sentiam- se deslocados e com saudades de Maputo.
b) [...] apesar de eles não saberem as línguas, desconhecerem os códigos culturais, sentirem-se deslocados e com saudades de Maputo.
c) [...] uma vez que eles não sabiam as línguas, desconheciam os códigos culturais, sentiam-se deslocados e com saudades de Maputo.
d) [...] caso eles não soubessem as línguas, desconhecessem os códigos culturais, sentissem-se deslocados e com saudades de Maputo.

5) Na frase “Aquelas zonas rurais eram, afinal, o espaço onde viveram os seus avós”, a palavra destacada é pronome relativo, pois se refere a um termo anterior. Que termo anterior é esse?

Texto II
Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas.
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo. 
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.

6) O texto se inicia com o seguinte enunciado: “Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas”. Nele existem duas orações subordinadas:

a) Identifique-as:

b) Qual a classificação dessas orações?

7) (Colégio Pedro II – 2017) No segundo parágrafo do texto II, o autor faz a seguinte afirmação: “Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser.”
Mantendo o sentido do texto, é possível reescrever essa frase do seguinte modo:

a) Já que estão engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser.
b) Para que sejam engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser.
c) Embora estejam engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser.
d) A menos que estejam engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser

8) (Colégio Pedro II – 2017) Releia a seguinte frase do Texto II: “ Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros.”
Analisando o sentido que as palavras “voo” e “pássaros” assumem ao longo do texto, conclui-se que elas representam, respectivamente:

a) raciocínio lógico e professores.
b) experiências e professores.
c) autonomia e estudantes.
d) deveres e estudantes.

9) No terceiro parágrafo, o pronome “elas” aparece duas vezes. A quem esse pronome faz referência no texto? 

10) Considere o contexto geral do texto II e diga qual a mensagem contida nele.





Gabarito
1 – b
2 – b
3 – Oração Subordinada Adverbial Temporal, pois a conjunção “quando” indica o momento da saída de Maputo para os trabalhos no campo.
4 – c
5 – Refere-se a “espaço”.
6 – a) “que são gaiolas” e “que são asas”.
b) Ambas são orações subordinadas adjetivas restritivas.
7 – a
8 – c
9 – Refere-se a “escolas”.
10 – A existência de escolas que aprisionam o pensamento (gaiolas) e escolas que asseguram a liberdade de pensamento (asas).