MEUS LIVROS

Pessoal, tenho dois livros lançados. Para adquiri-los acesse os links a seguir:

Nos trilhos do trem e outras (livro impresso) crônicas: https://editoramultifoco.com.br/loja/product/nos-trilhos-do-trem-e-outras-cronicas/

Verso e Prosa: poesias para a alma, crônicas para a vida (versão e-book): https://www.amazon.com.br/Verso-Prosa-Poesias-para-cr%C3%B4nicas-ebook/dp/B08ZY24DPG/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=verso+e+prosa&qid=1618406411&sr=8-1

Verso e Prosa: poesias para a alma, crônicas para a vida (livro impresso): https://clubedeautores.com.br/livro/verso-e-prosa-2

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CONHECENDO O AUTOR DO BLOG

O professor e escritor Marcos Cortinovis Carvalho nasceu no Rio de Janeiro, na capital, em 1975. Após estabelecer-se profissionalmente como professor, foi morar em Mangaratiba, município da Costa Verde fluminense, onde permaneceu por três anos. Atualmente reside em Itaguaí, município da região metropolitana do Rio de Janeiro, compreendida entre a Baixada Fluminense e a Costa Verde.

Casou-se em 1998, tem dois filhos e um neto. Estudou Direito, mas não chegou a se formar, trancou o curso quando iniciou o quinto ano da faculdade e, em seguida, ingressou no curso de Letras. Fez especialização em Linguística e Língua Portuguesa e cursou Mestrado, cuja pesquisa volta-se à leitura e produção textual de alunos em privação de liberdade.

É professor da Rede Estadual de Ensino do Rio de Janeiro, possui duas matrículas públicas: por uma delas, é lotado em uma escola situada em um presídio, onde, além de lecionar Língua Portuguesa e Literatura, coordena trabalhos extraclasse – o Festival de Música e o Café Literário – os quais visam não apenas o desenvolvimento intelectual dos alunos, mas também a sensibilidade artística deles; por outra matrícula, leciona Português e Literatura em Itaguaí.

Lançou-se pela primeira vez no mundo da literatura como escritor com a obra "Nos trilhos do trem e outras crônicas", em que, além de outros temas, inspira-se no dia a dia do trem suburbano do Rio de Janeiro.

Além disso, inspirou-se em cronistas pelos quais tem grande admiração – Luís Fernando Veríssimo, Stanislaw Ponte Preta, Rubem Braga e Zuenir Ventura – e pretende alçar mais voos no universo literário.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

UERJ - 2018 - Proposta de redação: As opiniões formadas a partir da influência de outrem é, de fato, um risco à sociedade?


Texto 1
Mulher espancada após boatos em rede social morre em Guarujá, SP
Ela foi agredida após ser acusada de praticar magia negra com crianças.
Moradores registraram vídeos mostrando a agressão e postaram na web.

A dona de casa Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, morreu na manhã desta segunda-feira (5), dois dias após ter sido espancada por dezenas de moradores de Guarujá, no litoral de São Paulo. Segundo a família, ela foi agredida a partir de um boato gerado por uma página em uma rede social que afirmava que a dona de casa sequestrava crianças para utilizá-las em rituais de magia negra.
De acordo com familiares de Fabiane, após as agressões, ela sofreu traumatismo craniano e foi internada em estado crítico no Hospital Santo Amaro, também em Guarujá. Minutos após a agressão, a Polícia Militar chegou a isolar o corpo de Fabiane acreditando que ela estava morta após o espancamento. Na manhã desta segunda-feira, porém, a família recebeu a informação de que Fabiane não resistiu aos ferimentos e morreu.

Texto 2
Manipulação da Informação
Atualmente o sensacionalismo e o impacto nas informações, tornaram-se tão comuns quanto à competitividade que foi instaurada nos diferentes tipos de mercados. Porém, esse tipo de notícia incorre um agravante que não percebemos. A formação de opinião das pessoas fica, seriamente, comprometida. À medida que, o acesso à informação tornou-se cada vez mais rápido e fácil, sua qualidade e veracidade são postas a prova. Fico me perguntando – toda vez que uma situação noticiada se torna obscura e com entrelinhas em demasia – quantas verdades existem acerca deste assunto? Ou pior, será que se a verdade fosse integralmente relatada, valeria vários pontos no “IBOPE”?
Todos canais de comunicação enfatizam a pregação incondicional, de chavões tão conhecidos, que se tornam pilares dentro dessas organizações como, por exemplo: “Compromisso com a verdade”, “A verdade nua e crua”, “Está é a verdade”. Mas, sinceramente, acredito que, caso, esses pilares fossem realmente empregados (em seu verdadeiro sentido), muitos meios iriam a falência, pois, tornar-se-iam obsoletos – muitas vezes a veracidade dos fatos não causa o mínimo interesse, e não tem a menor graça! -.Por isso, é necessário “enfeita-los”, é preciso deixá-los pitorescos, ou seja, vendáveis. Mas em consequência disso, deixam uma nação na ignorância e na profunda ilusão do que realmente seria a verdade.
Mas não digo, somente, sobre os canais de comunicação! Digo que isso ocorre em nosso dia-a-dia, em nossas empresas, no meio político, nos relacionamentos entre homens e mulheres, em nosso círculo de amigos, nos discursos religiosos. Fantasiar e manipular são dons que os seres humanos possuem – mas como todo dom, pode levar a ruína de uma pessoa e até de uma sociedade -. Questiono-me, quem seria Willian Sheaskepeare, caso ele não tivesse, através de seus preceitos e convicções, fantasiado suas obras e seus pensamentos? Será que alguém já teria ouvido falar em Adolf Hitler, se ele não tivesse, com muita competência, através de manipulação, invocado um país a lutar a favor de uma causa insana, - que levaria a milhares de mortes e ao Holocausto -?Esses são dois pequenos exemplos, entre milhares de outros, do poder que a informação exerce sobre o mundo e sua persuasão sobre as pessoas e as causas que elas lutam. Talvez, por isso, haja tanto espaço e espectadores para o sensacionalismo. Acredito que esta situação cria uma miopia nas pessoas, que vêem isto como uma forma de válvula de escape para seus anseios e frustrações, desejos e necessidades.
Fico muitas vezes sem saber quantos lados existem de um mesmo acontecimento. Pois, cada ser humano traz, consigo, uma bagagem de vida, de cultura e experiências adquiridas em diferentes lugares e situações. Devido a isso, talvez, existam tantos “formadores de opinião”, manipulando e fantasiando, a todo hora, as verdades sobre as situações ocorridas. Pensem comigo! Creio, que, se em um simples jogo de futebol ao ser televisionado em rede nacional, fosse retirado o som, ou simplesmente a sua narração. Muitos torcedores de uma mesma equipe teriam percepções diferentes de um mesmo lance polêmico, sobre um jogador, e até mesmo sobre a competência de sua equipe durante a partida. Mas, isso não ocorre! Ao conversar com as pessoas após as partidas, a maioria, possuí a mesma opinião ou muito semelhante. Esse tipo de manipulação acontece sempre, e nem nos damos conta, talvez, por darmos a desculpa de que esse tipo de assunto não tem tanta importância. Agora, imaginem uma noticia, realmente, importante como: o real motivo da morte de PC Farias, ou ainda, sobre as mortes de Eldorado dos Carajás, ou pior, o que teria acontecido, verdadeiramente, no Pavilhão 9 no Carandiru? Essas respostas, entre outras, ficaram vagando no ar, sem que se obtenha uma fonte concreta e confiável para lhe sustentar e dar credibilidade.

Texto 3
A mídia realmente tem o poder de manipular as pessoas?
À primeira vista, a resposta para a pergunta que intitula este artigo parece simples e óbvia: sim, a mídia é um poderoso instrumento de manipulação. A ideia de que o frágil cidadão comum é onipotente frente aos gigantescos e poderosos conglomerados da comunicação é bastante atrativa intelectualmente. Influentes nomes, como Adorno e Horkheimer, os primeiros pensadores a realizar análises mais sistemáticas sobre o tema, concluíram que os meios de comunicação em larga escala moldavam e direcionavam as opiniões de seus receptores. Segundo eles, o rádio torna todos os ouvintes iguais ao sujeitá-los, autoritariamente, aos idênticos programas das várias estações. No livro Televisão e Consciência de Classe, Sarah Chucid Da Viá afirma que o vídeo apresenta um conjunto de imagens trabalhadas, cuja apreensão é momentânea, de forma a persuadir rápida e transitoriamente o grande público. Por sua vez, o psicólogo social Gustav Le Bon considerava que, nas massas, o indivíduo deixava de ser ele próprio para ser um autômato sem vontade e os juízos aceitos pelas multidões seriam sempre impostos e nunca discutidos. Assim, fomentou-se a concepção de que a mídia seria capaz de manipular incondicionalmente uma audiência submissa, passiva e acrítica.
Todavia, como bons cidadãos céticos, devemos duvidar (ou ao menos manter certa ressalva) de preposições imediatistas e aparentemente fáceis. As relações entre mídia e público são demasiadamente complexas, vão muito além de uma simples análise behaviorista de estímulo/resposta. As mensagens transmitidas pelos grandes veículos de comunicação não são recebidas automaticamente e da mesma maneira por todos os indivíduos. Na maioria das vezes, o discurso midiático perde seu significado original na controversa relação emissor/receptor. Cada indivíduo está envolto em uma “bolha ideológica”, apanágio de seu próprio processo de individuação, que condiciona sua maneira de interpretar e agir sobre o mundo. Todos nós, ao entramos em contato com o mundo exterior, construímos representações sobre a realidade. Cada um de nós forma juízos de valor a respeito dos vários âmbitos do real, seus personagens, acontecimentos e fenômenos e, consequentemente, acreditamos que esses juízos correspondem à “verdade”.


Não só as pessoas, mas também a mídia influencia diretamente no comportamento do indivíduo na sociedade. Ela, por exemplo, cria padrões de consumo, determina hábitos e costumes, pode preterir uma dada informação. Mas não só isso, a influência exercida sobre a opinião pública pode contribuir negativamente na formação da imagem que se faz de alguém ou de alguma situação. Nesse sentido, considerando os textos motivadores, a leitura de Dom Casmurro e o seu conhecimento de mundo, redija uma redação dissertativa-argumentativa, entre 20 e 30 linhas, em que se discuta a seguinte questão: As opiniões formadas a partir da influência de outrem é, de fato, um risco à sociedade?
Utilize a norma-padrão da língua e atribua um título à redação.

sábado, 25 de novembro de 2017

UERJ - 2018 - Proposta de redação: As relações interpessoais contemporâneas em tempos da modernidade líquida.

“Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo contemporâneo, a modernidade encontra-se em uma fase chamada “interregno”. Esse período é característico da indefinição quanto ao modelo cultural da sociedade estabelecida no século XXI, ou seja, trata-se de um momento no qual estão sendo construídas novas formas de pensamentos e de relações interpessoais. Desse modo, torna-se imprescindível analisar a importância social de adotar-se um comportamento coletivo em detrimento das relações individuais que estão sendo construídas.
Nesse ínterim de construção de uma nova identidade social, destacam-se as relações líquidas, ou seja, relações superficiais. Essas relações estão vinculadas, principalmente, ao mundo globalizado, digital e tecnológico, o qual, por um lado, facilita as interações sociais, contudo, por outro, torna-as volúveis, efêmeras e individuais. Como ápice das relações líquidas, nas redes sociais contatos virtuais são construídos constantemente, todavia, não são criados vínculos de afeto ou coletividade, logo, a individualidade é inevitável, bem como seus efeitos negativos. No Brasil, uma das consequências dessas relações individuais é o transtorno de ansiedade, que atinge 9,3% da população, sendo o país com mais casos de ansiedade no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Ademais, outro fator decorrente do individualismo crescente na modernidade líquida é o consumismo excessivo – uma das causas da depressão e ansiedade, conforme pesquisa publicada pela Northwestern University, como forma de preencher lacunas das relações superficiais. Isto é, as habilidades de o ser humano lidar com suas dificuldades têm sido substituídas pela compra de bens materiais, já que somado ao fator psicopatológico, há o sistema capitalista, o qual oferece os subsídios necessários, como crédito financeiro e marketing, para que a população compre mais e satisfaça-se menos.
(...)”


Bauman, importante voz da Filosofia, nos legou estudos sobre a liquidez, ou seja, a efemeridade dos relacionamentos interpessoais contemporâneos. Exemplo disso já podia ser colhido em Dom Casmurro em duas situações: na dúvida que perpassa na mente do leitor acerca do relacionamento de Capitu e Escobar – Capitu traiu, de fato, Bentinho?; e no próprio narrador-personagem, Bentinho, que sugere uma amizade mais estreita entre ele e Sancha.
Tudo isso mostra sintoma de que os relacionamentos, ainda que firmados duradouros, podem tornar-se frágeis, efêmeros, líquidos.
Diante disso, redija uma redação dissertativa-argumentativa, em prosa, de 20 a 30 linhas, sobre o tema as relações interpessoais contemporâneas em tempos da modernidade líquida.
Utilize a norma-padrão da língua e atribua um título à sua redação.

UERJ 2018 - Proposta de redação: Os desafios da terceira idade no Brasil do século XXI.

Texto 1
Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003)

Artigo 2º. O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.

Artigo 3º. É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

Artigo 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade: Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.

Texto 2
Na esteira dos países em desenvolvimento, o Brasil caminha para se tornar um País de população majoritariamente idosa. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grupo de idosos de 60 anos ou mais será maior que o grupo de crianças com até 14 anos já em 2030 e, em 2055, a participação de idosos na população total será maior que a de crianças e jovens com até 29 anos.
(Disponível em: http://noticias.terra.com.br/brasil/brasil-vai-se-tornar-um-pais-de-idosos-ja-em-2030-diz-ibge, 91eb879aef2a2410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html)

Texto 3
De janeiro a março deste ano, a Delegacia de Proteção ao Idoso (DPID) registrou 400 atendimentos de denúncias, entre elas, maus-tratos, abandono, desvio de finalidade de pensão ou dinheiro de aposentadoria e outros delitos previstos no Estatuto do Idoso. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (15), pela Polícia Civil.
De acordo com a Polícia Civil, na maioria das vezes, os diversos tipos de violências acontecem dentro de casa. “Isso dificulta que os casos sejam denunciados. Por isso, precisamos de ações que rompam o véu do silêncio e que mostrem a população que este tipo de violência é algo sério e possível de punições”, ressalta a delegada Simone Edoron, titular da Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis da Polícia Civil.


Em Dom Casmurro, Machado de Assis aborda, mesmo de discretamente, o tema da velhice e da necessidade de os idosos serem adequadamente assistidos, por meio das personagens Tio Cosme, Prima Justina e Dona Glória, que passam a morar juntos, após a viuvez. Portanto, a obra machadiana lembra que o descumprimento dos direitos assegurados aos idosos é questão que deve ser discutida. Nesse sentido, redija uma redação dissertativa-argumentativa, entre 20 e 30 linhas, sobre o tema os desafios da terceira idade no Brasil do século XXI.
Utilize a norma-padrão da língua e atribua um título à sua redação.

UERJ 2018 - Proposta de redação: O celibato na Igreja deveria ser abolido?

Texto 1
A cada quatro padres brasileiros, um larga a batina para se casar. O dado é do Movimento Nacional das Famílias dos Padres Casados, que estima serem mais de 7 mil os religiosos que solicitaram no País a dispensa do sacramento da ordem em troca do matrimônio. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil não divulga números sobre a questão.
São quase 900 anos (desde 1139, no Concílio de Latrão) de história em que padres não podem se casar. O tema é tabu. Nas últimas duas semanas, o Estado entrou em contato com 12 ex-sacerdotes, todos casados. A maior parte deles não quis falar. Outros contribuíram com informações, mas preferiram o anonimato, “para preservar a mulher e os filhos”.
As histórias e opiniões deles, porém, são parecidas. Quase todos declaram que não saíram da Igreja para se casar – mas que divergiam de muita coisa e o casamento era consequência. Defendem o celibato opcional. Muitos desempenham papéis pastorais em suas paróquias e acompanham com interesse o papa Francisco.

Texto 2
O celibato é a opção de vida escolhida por pessoas de ambos os sexos que decidem viver sem unir-se em matrimônio ou relacionamentos uns com os outros. Pode ser escolhido por opção pessoal de cada um ou atribuído àqueles que resolvem seguir uma carreira religiosa, sendo mais comum na vida de freiras, bispos e pastores, que segundo a Bíblia determina devem viver longe das tentações da carne, adotando uma vida casta.
Após o início do Cristianismo, apóstolos e pastores, casavam-se normalmente e constituíam família.
O celibato teve sua origem no clero romano, após 304 d.C. nos concílios de Elvira e Nicéia que proibiam os Ministros religiosos casarem-se após a ordenação. A Igreja Católica adotou o celibato dos padres e freiras na Idade Média, para defender o seu patrimônio, a fim de evitar que se tornasse objeto de disputas por herdeiros, tornando-se obrigatório para o clero a partir de 1537, durante o papado de Gregório VII, onde um sacerdote romano que se casasse incorria na excomunhão e ficava impedido de todas as funções espirituais. Um homem casado que desejasse vir a ser um sacerdote, tinha que abandonar a sua esposa, e esta também tinha de assumir o voto de castidade ou ele não poderia ser ordenado padre.

Texto 3
A escassez de padres celibatários na Igreja Católica é tão grave que muitas paróquias estão sendo forçadas a fechar. Ao mesmo tempo, existem mais de 3.000 padres casados nos Estados Unidos. Para colocar tal assunto sob uma perspectiva melhor, um em cada 3 padres se casou. Existe um grande número de padres disponíveis para trabalhar em paróquias – em média mais de 400 padres em cada Estado. Os padres casados continuam sendo padres, porém deixam de ser clérigos. Um padre se encaixa numa vocação de serviço, uma vocação divina. Um clérigo ocupa uma posição organizacional na igreja institucional.
Quando um padre se casa, ele é dispensado do seu estado clerical. Contudo, ele conserva a totalidade do sacerdócio. Ele deveria ser referido como um ex-clérigo. A ordenação é permanente. Este fato é validado pela Lei Canônica número 290 da Igreja. Vinte e uma leis da igreja possibilitam os católicos a usarem padres casados. No casamento, em razão da Lei Canônica 290 e de nossa educação ou ordenação,  e ainda dos doze séculos de tradição católica romana, os padres mantém o seu papel de servir ao povo, conforme Jesus o fez.
Os padres casados não abandonam a sua fé.  Continuam a ajudar os católicos em suas necessidades, enquanto aguardam o completo restabelecimento, quando a lei do celibato, feita pelo homem, for anulada. No início deste milênio, 30% dos padres são casados. Muitos padres casados e suas esposas ministram como um casal.


O celibato de padres e freiras, que fazem voto de castidade perante Deus e a Igreja é uma norma disciplinar da Igreja. No entanto, a ordenação de padres casados já divide, atualmente, a opinião da Igreja. Essa polêmica, sugerida na obra Dom Casmurro, redunda sobre Bentinho que, em obediência à mãe, deveria formar-se sacerdote, apesar de ter o coração voltado às paixões terrenas. Partindo desse comentário e com base nos textos motivadores, redija um texto dissertativo-narrativo, em prosa, de 20 a 30 linhas, em que se responda a seguinte questão: O celibato na Igreja deveria ser abolido?
Utilize a norma-padrão da língua e atribua um título à sua redação.

UERJ 2018 - Proposta de redaçao: O ciúme nas relações.

Texto 1
O "DEMÔNIO" DOS CIÚMES
Quaisquer que sejam os pontos de vista em que se achem colocados os psicólogos para estudar os vários aspectos do ciúme, é comum nas suas conclusões o caráter profundamente disfórico, molesto e torturante de sua vivência. O próprio Santo Agostinho, em suas "Confissões", afirma que era "flagelado pela férrea e abrasadora tortura dos ciúmes"; antes e depois dele, a Literatura e a História coincidiram em conceder-lhes a categoria de "máximo tormento" e, mais recentemente, a Psicologia o confirma, ao analisar o ressentimento, que é seu ingrediente básico.
Efetivamente, se de algum modo se pode caracterizar o estado do Ser ciumento é definindo-o como uma perseverante e complexa frustração: sente amor e julga-se não correspondido (ou, o que é ainda pior, falsamente correspondido); sente raiva, mas compreende a ineficácia de demonstrá-la; sente temor e não pode fugir; sente, pois, intensamente, uma necessidade de ação, e, simultaneamente, percebe sua impotência, desde que a solução do caso não depende dele e sim dos outros ... e não consiste precisamente em "atos" mas em "sentimentos"... que não podem impor-se nem suprimir-se, que não obedecem a razões nem coações... Assim, o Ser que é devorado ou consumido pelos ciúmes vive em perpétua tensão, sem poder assumir uma atitude mental definitiva, bamboleando-se continuamente entre a fé e o desespero.
Os ciúmes são vividos de modo diferente pela mulher e pelo homem, e também o são, em cada sexo, de acordo com o tipo de Amor.
(Emilio Mira y López. "Quatro gigantes da alma". 1966.)


Texto 2
“Atire a primeira pedra quem nunca se sentiu enciumado, ainda que tenha mantido o fato em segredo. Sutil ou avassalador, esse é um dos sentimentos mais contundentes do ser humano. Talvez por isso seja fonte de inspiração para escritores e compositores. (...).
Na vida real, o ciúme é um dos temas que aparecem com freqüência nas conversas com amigos, nas sessões de terapia. É compreensível. Afinal, no dia-a-dia, é difícil ignorá-lo. "É natural sentir ciúme. É como sentir dor ou fome", diz o especialista Ailton Amélio da Silva, da USP. Também é verdade que, no Carnaval, o monstro ataca com volúpia. Em sã consciência, nessa época de barriguinhas lindas à mostra, quem deixaria o parceiro passar o feriado sozinho? No entanto, para desespero dos mais preocupados, além do Carnaval e das situações comuns que podem ser estopins de uma crise, como uma simples ida a um restaurante, surgem outras capazes de despertar o monstro. As imensas possibilidades de contato com outras pessoas abertas pelas relações virtuais estão entre elas. Não é exagero dizer que as novas ferramentas de comunicação da internet estão para o ciúme como a gasolina está para apagar incêndio. O Orkut, por exemplo, é uma janela para o mundo que permite fazer contatos ou reencontrar antigos amores. Mas, para quem tem tendência ao ciúme, é mais uma trincheira de briga. Em geral, por causa de recados deixados nas páginas de visita. O correio eletrônico é outro cenário que atrai desconfiados decididos a escarafunchar as mensagens eletrônicas atrás de pistas de traição.”
(Fragmento de "Nas garras do ciúme". ISTO É - 09.02.2005.)

Texto 3
OLHOS NOS OLHOS
(Chico Burque)

Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando
me pego cantando
Sem mais nem porquê
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você

Quando talvez precisar de mim
'Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
olhos nos olhos, quero ver o que você diz
quero ver como suporta me ver tão feliz.

Os textos apresentados tratam da questão do sentimento do ciúme, sentimento, que pode tornar-se muito intenso e perturbar o comportamento do indivíduo e que, apesar de surgir em todas as formas de relacionamento, torna-se mais notável nas relações amorosas, como explicita a literatura machadiana na narrativa de Dom Casmurro, em que o ciúme faz gerar a dúvida em Bentinho sobre a traição ou não de Capitu, levando-o à obsessão de que fora traído.
A partir da leitura da obra de Machado de Assis e dos textos motivadores, redija um texto dissertativo-argumentativo, em prosa, de 20 a 30 linhas, sobre o tema O ciúme nas relações.
Utilize a norma-padrão da língua e atribua um título à sua redação.


UERJ 2018 - Proposta de redação: A influência dos pais na escolha da profissão dos filhos.


Texto 1
Psicóloga analisa as questões da escolha profissional
Por  Karina Constancio

Escolher qual carreira seguir não é uma decisão fácil, principalmente quando ela tem que ser feita ainda na adolescência.

A psicóloga Ana Claudia Paranzini, que tem experiência na área de orientação profissional, revela que a maioria dos adolescentes estão perdidos quanto a qual caminho seguir. “Decidir a respeito do futuro profissional é um processo sério e que pode sofrer influência de diversos fatores externos. O jovem recebe cobranças da sociedade, da família, dos amigos e muitas vezes não está preparado para esse momento”.
De acordo com Ana Claudia, essa decisão está ligada ao processo de escolha como um todo. “A maneira que o jovem aprendeu a fazer escolhas desde criança irá influenciar na decisão do futuro profissional. Se as atitudes envolvem a expectativa de agradar os pais, esse fator também será relevante na hora da escolha da profissão”.
Além da dificuldade da idade, o adolescente sobre diversas pressões, como a de seguir a mesma profissão dos pais ou a que dará maior estabilidade financeira. “O dinheiro não pode ser o principal critério, outros fatores devem levados em consideração, como as habilidades e os interesses do jovem. Quando se faz o que gosta, é mais fácil se dedicar e se envolver com o trabalho e, consequentemente, a probabilidade de ser bem sucedido financeiramente é maior”, afirma a psicóloga.
Há pais que forçam que o jovem siga determinado caminho, mas também existem aqueles que não conversam com os filhos sobre carreira ou não demonstram interesse em saber o que eles estão planejando para o futuro. “As duas características não são legais, os pais precisam buscar o equilíbrio. É indicado que eles estabeleçam um diálogo aberto com os filhos e que façam questionamentos que gerem a reflexão nos adolescentes”, destaca Ana Claudia.
O processo de escolha da profissão envolve um tripé: autoconhecimento, conhecimento da realidade da profissão e tomada de decisão. Para contribuir com isso, a psicóloga ressalta que a família e a escola devem promover situações que estimulem a reflexão. “Fazer com o que o adolescente comece a pensar sobre o futuro profissional com antecedência também é um passo importante. Rodadas de profissões e grupos de discussões podem ser feitas já no começo do ensino médio”.

Texto 2

Genética, admiração, influência? Ainda não se sabe ao certo por que alguns filhos escolhem seguir a profissão dos pais. Especialistas defendem a tese de que assim como a cor do cabelo, por exemplo, muitas vezes os filhos podem herdar dos pais o talento ou habilidade para determinadas funções e carreiras.
A admiração pelo sucesso profissional e financeiro alcançado pelo paizão também figura como estímulo para trilhar o mesmo caminho. Essas situações são verificadas em todas as profissões: na medicina, no direito, na publicidade, na engenharia...

Texto 3
A narrativa machadiana de Dom Casmurro apresenta vários fatos relevantes. Um deles, e que era motivo de preocupação de Bentinho, foi o fato de ele ter escutado uma conversa de sua mãe, em que ela revela pretender mandá-lo ao seminário no cumprimento de uma promessa feita pouco antes de seu nascimento. Contrariado, o jovem, já apaixonado por Capitu, segue para o seminário.
Considere esse episódio da obra de Machado de Assis e, associando-o aos textos motivadores, redija um texto argumentativo-dissertativo, em prosa, de 20 a 30 linhas, em que apresente seu posicionamento acerca da influência dos pais na escolha da profissão dos filhos.
Utilize a norma-padrão da língua e atribua um título à sua redação.

UERJ 2018 - Proposta de redação: O papel dos movimentos feministas para construção da identidade feminina no século XXI.

Sobre o romance de Machado de Assis, Dom Casmurro, cuja narrativa se passa entre 1857 e 1875, é interessante destacar a Revolução Francesa como precursora a fim de repensar o papel da mulher no XIX. Vista como objeto de fascínio, admiração, exaltação, sedução e desejo, a mulher ora deixava-se revelar, ora mantinha-se recatada, tanto nas narrativas ficcionais como na realidade social. No entanto, a sedução feminina era vista como algo que não precisava ser revelado, mas sim, reprimido. No século XIX, as mulheres tinham seu papel bem delimitado na sociedade, sua sensualidade era motivo de adestramento masculino, o que antes fascinava, envolvia e manipulava o homem, agora devia ser controlado e relegado à imoralidade. É nessa perspectiva que a personagem Capitu concentra em si a dissimulação e críticas sociais que o autor abordava. Capitu foi a grande polêmica Machadiana, criada fora dos padrões da época, insistiu em usar sua sensualidade e inteligência para libertação de si mesma e do homem que amava, sendo mais tarde excluída e abandonada por não submeter-se às regras sociais vigentes na época.
(Texto adaptado – Autor: Evani Dias Paes Landim)


A partir da leitura da obra de Machado de Assis, Dom Casmurro, e do texto de Evani Landim, redija um texto argumentativo-dissertativo, em prosa, com 20 a 30 linhas, em que apresente seu posicionamento acerca do papel dos movimentos feministas para construção da identidade feminina no século XXI.
Utilize a norma-padrão da língua e atribua um título à sua redação.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Estranhas Afinidades, Moacyr Scliar

Estranhas afinidades

Poderiam descobrir-se mutuamente, poderiam constatar que haviam sido feitos um para o outro

Casal se divorcia após descobrir que flertava pela internet. Um casal residente na cidade de Zenica, na Bósnia-Herzegóvina, estava com problemas no casamento. Por causa disto, os dois iniciaram contatos pela internet, e, sem saber de suas identidades, trocaram mensagens e acabaram se apaixonando. Quando a relação se tornou séria, decidiram se encontrar, e então descobriram quem eram. O casal decidiu se separar. 
(Folha Online)


     QUANDO DESCOBRIRAM QUE , sem saber, estavam se correspondendo pela internet, ficaram, marido e mulher, surpresos, e chocados. Aquilo era algo mais que uma simples coincidência. Era um sinal. Um sinal de que alguma coisa, em ambos, estava profundamente errada. E esta coisa os levara, durante um tempo que não havia sido pequeno, a viver uma dupla existência. Daí as interrogações. Quem sou eu, perguntava-se ele. 
     Com razão. No cotidiano (não confundir com o nome deste caderno da Folha), ele era uma pessoa nervosa, irascível, de gestos bruscos. Relacionava-se mal com os amigos e conhecidos e costumava descarregar suas frustrações na esposa. Quem sou eu, perguntava-se ela. 
Com razão. No cotidiano (não confundir com o nome deste caderno da Folha), ela era uma pessoa nervosa, irascível, de gestos bruscos. Relacionava-se mal com os amigos e conhecidos e costumava descarregar suas frustrações no marido. 
     Quem sou eu, perguntava-se ele. Com razão. Nas mensagens que enviava pela internet revelava-se, para sua própria surpresa, uma pessoa afetiva, dotada de rica imaginação e capaz de construir uma relação amorosa mesmo à distância, mesmo sem ver aquela a quem se dirigia. Um milagre da internet? 
     Talvez, mas ele suspeitava que a internet nada mais fizera do que liberar o seu lado bom, o seu lado positivo, o lado que amava a vida e que buscava compartilhar tais sentimentos com alguém. Quem sou eu, perguntava-se ela. 
     Com razão. Nas mensagens que enviava pela internet revelava-se, para sua própria surpresa, uma pessoa afetiva, dotada de rica imaginação e capaz de construir uma relação amorosa mesmo à distância, mesmo sem ver aquele a quem se dirigia. Um milagre da internet? 
     Talvez, mas ela suspeitava que a internet nada mais fizera do que liberar o seu lado bom, o seu lado positivo, o lado que amava a vida e que buscava compartilhar tais sentimentos com alguém. 
Como é possível, indagava-se ele, inquieto, que eu tenha, por assim dizer, duas vidas? Como é possível que estas duas partes de mim sejam tão diferentes, tão incompatíveis? 
     O que eu poderia fazer para me tornar uma pessoa só? A quem deveria recorrer para isso? Como é possível, indagava-se ela, inquieta, que eu tenha, por assim dizer, duas vidas? Como é possível que estas duas partes de mim sejam tão diferentes, tão incompatíveis? 
     O que eu poderia fazer para me tornar uma pessoa só? A quem deveria recorrer para isso? Estas eram as perguntas que se faziam. Claro, poderiam fazer as mesmas perguntas um para o outro. Poderiam descobrir-se mutuamente, poderiam, quem sabe, constatar que, ao fim e ao cabo, haviam sido feitos um para o outro. 



     Mas um diálogo destes não é fácil. Preferem continuar na internet para ver se encontram o príncipe encantado, a princesa encantada. 

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Ambiguidade


1) Que palavra é responsável pela ambiguidade do texto?

2) O humor do texto é construído não só pela ambiguidade, mas também por uma informação implícita. Que informação é essa?

3) O que o terapeuta quis dizer?

4) O que o narrador entendeu?

5) Em "Fiz isso", o pronome sublinhado retoma que informação anterior?


GABARITO

1) O pronome oblíquo "as" na frase "as queime".

2) O narrador ter queimado as pessoas que odeia.

3) Quis dizer para seu paciente escrever cartas e depois queimá-las.

4) Entendeu que deveria queimar as pessoas que odeia.

5) Retoma a fala do terapeuta.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Uso de ONDE e AONDE

1)    Do que Calvin está brincando?

2)    Pela reação da mãe nos dois primeiros quadrinhos, ela parece estar:

a)    Surpresa e aborrecida
b)    Surpresa e triste
c)    Contente e aborrecida
d)    Desanimada e chateada

3)    Por que, na situação dada, há o uso de ONDE?

a)    Porque é uma situação que expressa movimento.
b)    Por que é uma situação do cotidiano.
c)    Porque a ideia de movimento está implícita na expressão da mãe do Calvin.
d)    Porque é uma situação que não expressa ideia de movimento

4)      Complete com ONDE ou AONDE:

a)__________essas medidas do governo vão nos levar?
b) Não entendo __________ ele estava com a cabeça para fazer o que fez.
c) Dê __________ você está falando?
d) ________________ querem chegar com essas atitudes?
e)  Não me lembro _____________ coloquei meus sapatos?

5)    O item errado é:

a) Não sei mais aonde ir.
b) Aonde está seu orgulho?
c) Irei aonde quer que eu vá.
d) Aonde ele foi assim tão cedo?

GABARITO

1) Brincando de jogar pedras em casa.

2) a

3) d

4) a) Aonde     b) onde     c) onde     d) Aonde     e) onde

5) b

Uso de MAS e MAIS

Texto 1

1)    Observe no primeiro quadrinho o uso do MAIS. Ele, nesse contexto, indica quantidade ou intensidade?

2)    O uso do MAS no segundo quadrinho provoca uma quebra de expectativa. Que quebra de expectativa é essa?

3)     Atente-se a todo contexto da tirinha e diga, na sua opinião, por que a personagem aparece triste no último quadrinho.

4)    Complete as frases a seguir com MAS ou MAIS:

a)    Tenho _______ livros que você.
b)    Procurei bastante, ________ não achei minhas figurinhas.
c)    Ano que vem vou me dedicar _______ aos estudos.
d)    Pode jogar vídeo game, _______ faça seus trabalhos antes.
e)    Português é a matéria de que _______ gosto!

5)    Considere o uso do MAIS e do MAS e marque ( I ) para intensidade e (Q) para quantidade:

a)    (          ) Precisamos de mais papel.
b)    (          ) A noite de hoje está mais bonita!
c)    (          ) Com certeza havia mais pessoas no jogo de domingo.
d)    (          ) Prometo que vou me preocupar mais com você.


6)    Dadas as frases
I - Não consegui chegar a tempo, _____ ninguém percebeu.
II - Queria comprar um carro novo, _____ não tinha dinheiro.
III - Pelé jogou _____ que Maradona.

A sequência que completa corretamente as lacunas é:

a)    mais – mais – mais
b)    mas – mais – mas
c)    mais – mais – mas

d)    mas – mas – mais

Texto 2
























7) O humor do meme acima é construído a partir do uso do MAS. Explique essa afirmação:


GABARITO

1) Quantidade.

2) A expectativa de gostar da pessoa que namora.

3) Provavelmente porque, na verdade, ela não tem nenhum namorado.

4) a) mais     b) mas     c) mais     d) mas     e) mais

5) a) ( q )      b) ( i )     c) ( q )     d) ( i )

6) d

7) A quebra de expectativa entre tranquilo e surto provocada pelo MAS contribui para a criação do humor.


segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Editorial, Coesão Sequencial e Referencial



Um dia para amar
O Dia dos Pais é, antes de tudo, um dia para amar

O país inteiro comemora hoje o Dia dos Pais. Uma data para ser vista muito além das motivações comerciais. Esse não é um dia para dar presentes, mas para se fazer presente. O Dia dos Pais é, antes de tudo, um dia para amar. É uma parada na correria cotidiana para homenagear o símbolo de força e delicadeza de nossa infância.
É pena que ainda existam muitas crianças que desconhecem a figura paterna ou que sofrem maus tratos por parte daqueles que deveriam personificar o amor, o carinho e a dedicação. Por outro lado, há quem seja pai sem nunca ter sido. Houve um tempo em que o pai era sinônimo de autoridade distante. Hoje, é de cumplicidade. Antigamente, o pai era aquele que morava na mesma casa que a mãe e, casados, educavam seus filhos.
Hoje, a imagem do pai é outra, tão diversa quanto a própria natureza da vida. Há pais solteiros, casados, divorciados, adotivos, jovens, velhos e quase crianças. Do mesmo jeito são os filhos: diversos e únicos ao mesmo tempo. No mundo de hoje, não basta que o genitor garanta o aspecto material do sustento de sua família. É preciso muito mais.
O pai é aquele que, mesmo sem tempo encontra momentos para ser parte da vida de seus filhos, para conversar, fazer alguma atividade juntos, conhecer os amigos e - principalmente - saber o que se passa no mais íntimo de suas crias. Mas o pai não vive apenas para dar, ele também deseja receber sorrisos, abraços, amor, compreensão.
É nesse limite entre doar e receber que se constrói a relação pai e filho. Imperfeitos, eles necessitam, aos poucos, exercitar o diálogo e estabelecer confiança. Vivemos um tempo em que a violência está em toda parte, estamos cercados por assassinatos, furtos, drogas e uma infinidade de acontecimentos que amedrontam e chocam.
Por isso a importância de construir, em casa, um ambiente de paz. E um dos pedreiros é o pai, aquele que está sempre perto, que apoia, que orienta e que estabelece limites. Sim, porque ser pai não é permitir tudo, não é fazer todas as vontades do filho. É saber que um não muitas vezes carrega mais amor que muitos sim.
O pai é como um bom professor. Ensina com amor e multiplica sua sabedoria ao dividi-la com os filhos. Hoje, Dia dos Pais, é um bom momento para estreitar os laços com aquele a quem você ama como pai, embora talvez não o seja biologicamente.
É o dia ideal para mostrar que o pai perfeito não é um super-herói de animações e nem alguém sem o mínimo defeito. O melhor pai é aquele que, diante de suas imperfeições e das do filho, cai, levanta, ensina, aprende e caminha sempre ao lado, de mãos dadas.
(http://www.portalodia.com/blogs/opiniao/um-dia-para-amar-leia-o-editorial-do-jornal-o-dia-deste-domingo-116184.html)

1)    Qual o assunto tratado no editorial em análise?

2)    Que frase do primeiro parágrafo reflete a opinião defendida pelo portal O Dia?

a)     É pena que ainda existam muitas crianças que desconhecem a figura paterna
b)    “um dia para amar”
c)    “É uma parada na correria cotidiana para homenagear o símbolo de força e delicadeza de nossa infância”
d)    “Uma data para ser vista muito além das motivações comerciais”

3)    Leia o trecho “Esse não é um dia para dar presentes, mas para se fazer presente”:

a)    Explique o que O Dia pretende dizer com essa frase.

b)    O conectivo MAS, responsável pela articulação textual, expressa ideia de:

(     ) explicação   (     ) consequência    (     ) quebra de expectativa   (     ) finalidade

4)    Para fundamentar sua opinião, no segundo parágrafo, a imprensa usa como argumentação que recurso?

a)    Comparação
b)    Relação de causa e efeito
c)    Negação a uma informação prévia
d)    Confirmação de uma informação prévia

5)    Esta frase “Antigamente, o pai era aquele que morava na mesma casa que a mãe e, casados, educavam seus filhos”, que encerra o segundo parágrafo é desenvolvida no parágrafo seguinte. Que frase confirma essa afirmação?

6)    Pela leitura geral do texto, só não é possível afirmar que:

a)    atualmente a imagem do pai está muito diversificada
b)    o dia dos pais não deve ser apenas uma data comercial
c)    a imagem do pai sempre foi de autoridade e distanciamento
d)    pai não é um ser repleto apenas de perfeições

7)    O terceiro parágrafo inicia com “Hoje, a imagem do pai é outra”. No decorrer desse parágrafo, que palavra retoma “pai”?

a)    casados
b)    únicos
c)    genitor
d)    velhos

8)    De que maneira o editorial em estudo especifica a afirmação de que “É nesse limite entre doar e receber que se constrói a relação pai e filho”?

9)    O 6º parágrafo é iniciado com o conectivo “por isso”, que estabelece com o parágrafo anterior relação de:

a)    conformidade
b)    conclusão
c)    alternância
d)    causa

10) Leia a seguir os versos da canção Pais e Filhos, da banda Legião Urbana, e explique a relação que há entre eles e o editorial em apreço.

“Você me diz que seus pais não te entendem
Mas você não entende seus pais
Você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo
São crianças como você
O que você vai ser
Quando você crescer”

11) O editorial afirma que pai é aquele “que estabelece limites. Sim, porque ser pai não é permitir tudo, não é fazer todas as vontades do filho. É saber que um não muitas vezes carrega mais amor que muitos sim. Qual a sua opinião sobre isso?

12) A quem se refere o pronome oblíquo destacado em “ao dividi-la com os filhos”?

a)    amor
b)    ensina
c)    sabedoria
d)    biologicamente

13) Este trecho do 7º parágrafo, “Hoje, Dia dos Pais, é um bom momento para estreitar os laços com aquele a quem você ama como pai”, retoma que ideia contida no 1º parágrafo?

GABARITO

1)    O Dia dos Pais.

2)    “d”

3)     
a)    O Dia dos Pais não é uma comemoração que deve ser resumida em presentar os pais, mas sim uma data para se estar junto do pai, uma data para reunir a família.

      b)    ( X ) quebra de expectativa

4)     “a”

5)    “Há pais solteiros, casados, divorciados, adotivos, jovens, velhos e quase crianças.”

6)    “c”

7)    “c”

8)    O editoral em apreço sustenta que os pais têm desejo de receber de seus filhos sorrisos, abraços, amor e compreensão.

9)    “b”

10) (Espera-se, nesta resposta, que o estudante reflita sobre as fragilidades e imperfeições dos pais expressas no último parágrafo, comparando-as aos versos da canção)

11) Resposta Pessoal.

12) “c”

13) A ideia de que o dia dos pais é um dia “para se fazer presente”.