MEUS LIVROS

Pessoal, tenho dois livros lançados. Para adquiri-los acesse os links a seguir:

Nos trilhos do trem e outras (livro impresso) crônicas: https://editoramultifoco.com.br/loja/product/nos-trilhos-do-trem-e-outras-cronicas/

Verso e Prosa: poesias para a alma, crônicas para a vida (versão e-book): https://www.amazon.com.br/Verso-Prosa-Poesias-para-cr%C3%B4nicas-ebook/dp/B08ZY24DPG/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=verso+e+prosa&qid=1618406411&sr=8-1

Verso e Prosa: poesias para a alma, crônicas para a vida (livro impresso): https://clubedeautores.com.br/livro/verso-e-prosa-2

O QUE VOCÊ PROCURA NESTE BLOG?

CONHECENDO O AUTOR DO BLOG

O professor e escritor Marcos Cortinovis Carvalho nasceu no Rio de Janeiro, na capital, em 1975. Após estabelecer-se profissionalmente como professor, foi morar em Mangaratiba, município da Costa Verde fluminense, onde permaneceu por três anos. Atualmente reside em Itaguaí, município da região metropolitana do Rio de Janeiro, compreendida entre a Baixada Fluminense e a Costa Verde.

Casou-se em 1998, tem dois filhos e um neto. Estudou Direito, mas não chegou a se formar, trancou o curso quando iniciou o quinto ano da faculdade e, em seguida, ingressou no curso de Letras. Fez especialização em Linguística e Língua Portuguesa e cursou Mestrado, cuja pesquisa volta-se à leitura e produção textual de alunos em privação de liberdade.

É professor da Rede Estadual de Ensino do Rio de Janeiro, possui duas matrículas públicas: por uma delas, é lotado em uma escola situada em um presídio, onde, além de lecionar Língua Portuguesa e Literatura, coordena trabalhos extraclasse – o Festival de Música e o Café Literário – os quais visam não apenas o desenvolvimento intelectual dos alunos, mas também a sensibilidade artística deles; por outra matrícula, leciona Português e Literatura em Itaguaí.

Lançou-se pela primeira vez no mundo da literatura como escritor com a obra "Nos trilhos do trem e outras crônicas", em que, além de outros temas, inspira-se no dia a dia do trem suburbano do Rio de Janeiro.

Além disso, inspirou-se em cronistas pelos quais tem grande admiração – Luís Fernando Veríssimo, Stanislaw Ponte Preta, Rubem Braga e Zuenir Ventura – e pretende alçar mais voos no universo literário.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Proposta de redação

Tema: Debate sobre os impactos da pandemia na educação brasileira

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Debate sobre os impactos da pandemia na educação brasileira”. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

 

TEXTO I

A pandemia e os impactos irreversíveis na educação

As adaptações ao mundo digital na rede particular e pública diante da covid-19 é destaque do artigo de Paulo Arns, do Colégio Positivo

 Mais de 1,5 bilhão de alunos e 60,3 milhões de professores de 165 países foram afetados pelo fechamento de escolas devido à pandemia do coronavírus. Nessa crise sem precedentes, de proporção global, educadores e famílias inteiras tiveram que lidar com a imprevisibilidade e, em benefício da vida, (re) aprendemos a ensinar de novas maneiras. Na China, cerca de 240 milhões de crianças e jovens se adaptaram rapidamente ao fechamento das instituições de ensino e passaram a ter aulas remotas em uma escala jamais vista, da educação básica ao ensino superior. Os chineses mostraram que é possível fechar as salas de aula sem parar de aprender.

Recebi um meme que traduz a mais pura realidade: não é o departamento de TI, o gestor de inovação ou o presidente visionário que está acelerando a digitalização das organizações. É a covid-19. Pelo simples fato de o isolamento social ter obrigado o mundo a se adaptar às formas digitais de trabalhar, ensinar, aprender e interagir.

Uma questão a se pontuar é a desigualdade gigante entre os sistemas públicos e privados da educação básica — e a própria distância social entre as famílias dos estudantes. Enquanto alunos de escolas particulares aprendem por meio de diversos recursos e estratégias combinadas, como vídeo ao vivo ou gravado, envio de tarefas, mentoria e sessões em grupos menores para tirar dúvidas, muitos estudantes das escolas públicas sequer têm acesso à internet.

Além disso, nem todos os municípios possuem estrutura de tecnologia para oferta de ensino remoto e nem todos os professores têm a formação adequada para dar aulas virtuais. Outra realidade que complica a adesão de alunos às aulas on-line são os softwares utilizados para esse fim, que, em sua grande maioria, são desenvolvidos para funcionar em computadores — ambiente acessado atualmente por apenas 57% da população brasileira, segundo o IBGE. Muitas crianças da geração Z nunca ligaram um computador e 97% dos brasileiros acessam a internet pelo celular.

Por isso, empresas, governos e organizações do mundo inteiro não estão medindo esforços para mobilizar recursos e aplicar soluções inovadoras e adaptadas ao contexto para oferecer aulas remotas e encontrar soluções equitativas para os 1,5 bilhão de alunos que estão em casa. É gratificante ver toda a mobilização global para aportar recursos e conhecimentos especializados em tecnologia, conectividade, inovação e criatividade a favor da educação.

A questão é que fomos todos pegos de surpresa. Em maior ou menor grau, a comunidade teve que se adequar. E o ensino nunca mais voltará a ser o que era antes. Nos libertamos das paredes da sala de aula e descobrimos um mundo de oportunidades nas mãos dos jovens. Os professores vivenciaram novas formas de ensinar, novas ferramentas de avaliação — e os estudantes entenderam que precisam de organização, dedicação e planejamento para aprender no mundo digital.

A crise do coronavírus terá efeitos perenes sobre a forma de aprender. O isolamento está criando novos hábitos e comportamentos, tanto nas famílias, quanto nas instituições de ensino, que estão revendo uma série de processos, estruturas e metodologias. Aprendemos que lidar com a imprevisibilidade exige um trabalho em grupo muito mais alinhado e que, mesmo distantes, podemos unir esforços em prol de um bem maior. Um exemplo? Nunca antes tinha visto tantos professores, de uma mesma disciplina e ano escolar, unidos no mundo digital para compartilhar atividades, experiências bem-sucedidas, tirar dúvidas e aprender uns com os outros.

Toda crise é uma oportunidade de aprendermos algo novo e a única coisa que eu tenho certeza é que o mundo vai ser diferente depois do coronavírus. As crises ensinam aos que estão abertos ao novo. Espero, sinceramente, que depois dessa pandemia a educação volte melhor e mais forte. E que todos esses efeitos sejam irreversíveis.

 *Paulo Arns da Cunha é diretor-executivo do Colégio Positivo.

Disponível em: https://revistaeducacao.com.br/2020/04/15/pandemia-educacao-impactos/

TEXTO II

Disponível em: https://www.inesc.org.br/educacao-publica-numa-democracia-moribunda/

 

TEXTO III

Impacto da pandemia na educação é desigual, aponta documento

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciou, na última quarta-feira (20), o adiamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020.  A polêmica em torno de uma nova data é apenas um capítulo do amplo debate sobre as consequências da pandemia de covid-19 também para a educação. Um documento elaborado por pesquisadores da Rede CoVida – Ciência, Informação e Solidariedade – alerta para os impactos do fechamento das unidades escolares sobre a vida dos 47,8 milhões de estudantes da Educação Básica no Brasil.

Apesar de defenderem as medidas de suspensão das aulas, os pesquisadores apontam uma série de questões que podem agravar o aprendizado e o aumento das desigualdades no médio e longo prazo. “O objetivo é discutir como o afastamento desses estudantes, principalmente dos 38,7 milhões que estão matriculados em escolas públicas, vai aumentar o grau de desigualdade da educação no país”, explica Márcio Natividade, professor do Instituto de Saúde Coletiva (ISC/UFBA) e um dos autores do documento.

O grupo de pesquisadores destaca a repercussão das alterações no calendário escolar, e do próprio Enem, para a saúde dos alunos. “Levantamos desde a preocupação com problemas nutricionais decorrente da interrupção do fornecimento da alimentação escolar, assim como a pressão psicológica e o impacto do longo período de isolamento social sobre a saúde mental dos estudantes”.

Outro problema discutido pelo documento é a alternativa de educação na modalidade EaD e a falta de uma política de acesso à internet mais igualitária. No Brasil, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apenas 42% das classes “D” e “E” estão conectadas, sendo que mais de 70% dos usuários encontram-se nas áreas urbanas. “Esse processo é agravado pela precariedade ou inexistência de internet em uma parcela significativa dos lares onde residem esses estudantes”, observa.

Ainda segundo o professor, é preciso também investir na capacitação dos educadores para uso e domínio das ferramentas digitais neste novo cenário. “São limitações pedagógicas e tecnológicas que dificultam e impedem o desenvolvimento de atividades de educação à distância em nosso país”, avalia.

 Disponível em: http://www.isc.ufba.br/impacto-da-pandemia-na-educacao-e-desigual-aponta-documento/

Proposta de redação adaptada, extraída de: https://www.imaginie.com.br/temas/debate-sobre-os-impactos-da-pandemia-na-educacao-brasileira/

Proposta de redação

 Tema: A importância da literacia familiar em debate no Brasil

 A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A importância da literacia familiar em debate no Brasil”, apresentando sua opinião, de maneira que se respeitem os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Sua redação deverá ter, no mínimo, 20 linhas e, no máximo, 30 linhas.

 TEXTO I

Crianças que leem em casa chegam à escola com um vocabulário mais robusto, são mais sociáveis e criativas

 O ambiente familiar e as experiências que a criança vive em seu dia a dia têm grande influência no seu desenvolvimento. Isso é verdade também no que diz respeito à leitura: o hábito de ler em família ajuda no desempenho escolar durante a infância, contribuindo para a aprendizagem ao longo da vida. Segundo a pedagoga Cláudia Onofre, a criança que traz o hábito da leitura de casa é mais participativa, se coloca no lugar do outro, tem uma imaginação fértil e mais facilidade em partilhar objetos, espaço e conhecimento. “A criança que não teve a mesma vivência pode ter mais dificuldade em se expor e apresentar um comportamento mais tímido. O hábito da leitura é encorajador, tem o poder de abrir horizontes e levar as crianças a desbravar o mundo.”, explica.

Disponível em: https: https://www.dentrodahistoria.com.br/blog/educacao/alfabetizacao-e-leitura/a-importancia-da-leitura-em-casa/ (Adaptado)

 TEXTO II


 TEXTO III

Como o investimento do MEC em literacia familiar pode mudar o futuro de famílias pobres

Na última terça-feira (25), a Secretaria de Alfabetização (Sealf) do Ministério da Educação (MEC) lançou novas ações do programa Conta pra Mim, primeira iniciativa voltada à valorização da leitura no âmbito da família no Brasil, em especial para as que vivem em condição de vulnerabilidade socioeconômica. Agora, somam-se às ações iniciais um acervo de 40 livros em formato digital, além de cantigas e fábulas de Monteiro Lobato interpretadas pelo cantor e compositor Toquinho. Achados científicos chancelados mundo afora apontam que a influência da família no desenvolvimento da linguagem dos filhos, sobretudo quando ancorada em programas dessa natureza, é um dos principais preditores do sucesso educacional e social das crianças. Especialistas como James Heckman, prêmio Nobel de Economia, afirmam que iniciativas como a do MEC são instrumentos capazes de romper o chamado ciclo da pobreza e superar vulnerabilidades sociais. Lançado em 2019, o Conta pra Mim não se resume à leitura junto aos filhos, mas oferece, aos pais, orientações sobre o conceito de literacia familiar (termo consolidado mundo afora e ainda pouco conhecido no país) e ferramentas para que famílias vulneráveis possam aplicar as práticas. A implementação do programa se dá por meio de ações que independem da adesão de entes federado.

“Muitas dessas práticas já são bem aplicadas por famílias de classe média e alta. São práticas muito simples, que qualquer um pode fazer em casa, e que têm impacto fenomenal no desenvolvimento cognitivo das crianças. Principalmente com relação ao vocabulário”, explica Wiliam da Cunha, diretor na Sealf. “Como as famílias pobres são mais deficientes nesse sentido, acaba-se criando um hiato enorme entre a alfabetização de crianças de famílias pobres e ricas. É justamente esse gap que o Conta pra Mim tenta cobrir”, diz.

O que propõe a ação

Pela Política Nacional de Alfabetização (PNA), o conceito de literacia familiar é compreendido como um conjunto de práticas e experiências relacionadas com a linguagem, a leitura e a escrita vivenciadas entre pais/cuidadores e filhos. Em uma das primeiras ações do programa Conta pra Mim, a Sealf disponibilizou às famílias brasileiras o chamado Guia de Literacia Familiar. Validado por especialistas estrangeiros, o documento explica o conceito de literacia familiar, sensibiliza pais e responsáveis acerca de seus benefícios e oferece ferramentas para que até mesmo pessoas menos esclarecidas possam aplicar as atividades propostas.

O conteúdo também foi disponibilizado em uma série de vídeos, publicados no YouTube. Agora, soma-se às ações iniciais a Coleção Conta pra Mim, lançada na última terça. Espécie de biblioteca em formato digital, a coleção disponibiliza 40 obras, adaptadas pelo MEC, para download. As famílias contam, ainda, com uma sequência de cantigas infantis populares e fábulas interpretadas pelo cantor e compositor Toquinho. O conteúdo também está disponível em libras. “Literacia familiar é se envolver na educação dos filhos, curtindo momentos especiais de afeto, carinho e diversão em família, brincando com livros e palavras”, explica, aos pais, o Guia de Literacia Familiar. “Não é preciso ter muito estudo, materiais caros nem morar em uma casa toda equipada e espaçosa para praticar a Literacia Familiar. As práticas são acessíveis a todos”. O documento torna claro que práticas de literacia familiar são amplamente acessíveis e podem ser praticadas da gestação até a adolescência dos filhos.

Em resumo, essas práticas se ancoram em seis principais eixos:

1) interação verbal;

2) leitura dialogada;

3) narração de histórias;

4) contatos com a escrita;

5) atividades diversas como jogar, brincar, passear.

“Nosso objetivo é sensibilizar famílias brasileiras sobre importância das práticas de literacia. Os pais são os primeiros professores dos filhos, uma vez que as crianças aprendem a falar a língua no seio familiar”, afirma Carlos Nadalim, secretário de Alfabetização. “O impacto disso é decisivo para o futuro acadêmico de uma criança. Não estamos diante de estratégias que possam ser utilizadas apenas por famílias letradas. É um erro afirmar que as práticas de literacia só podem ser cultivadas por leitores hábeis”, diz.

 Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/como-o-investimento-do-mec-em-literacia-familiar-pode-mudar-o-futuro-de-familias-pobres/ (Adaptado)


Proposta de redação com base em imagina.com.br

Proposta de redação

 Tema: Desafios para a prática da leitura no Brasil

 A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios para a prática da leitura no Brasil”, apresentando sua opinião, de maneira que se respeitem os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Sua redação deverá ter, no mínimo, 20 linhas e, no máximo, 30 linhas.

 TEXTO I

44% da população não pratica o hábito da leitura

 A prática da leitura ainda não está totalmente presente entre os brasileiros. Uma prova disso são os dados da pesquisa Retratos da Leitura do Instituto Pró-Livro. De acordo com o levantamento, 44% da população não lê e 30% nunca comprou um livro. A média de obras lidas por pessoa ao ano é de 4.96. Desse total, 2.43 foram terminados e 2.53 lidos em partes.

O desempenho no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), prova feita em 70 países com estudantes entre 15 e 16 anos, também é desanimador. O resultado da última avaliação mostrou que 51% dos estudantes estão abaixo do nível 2 em leitura, que é considerado o patamar básico.

Para compreender este fenômeno, o Edição do Brasil conversou com Luís Antonio Torelli, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL). Segundo ele, o Brasil ficou nos últimos lugares do Pisa no quesito leitura. “A média atual dos estudantes brasileiros é de 407 pontos, muito inferior à dos alunos dos outros países”.

 Por que parte da população ainda não têm o hábito de ler?

 O hábito da leitura se dá em casa, por meio dos pais ou responsáveis e, em segundo lugar, o professor. Existe mais um dado que vai reforçar a minha reposta. Cerca de 30% dos nossos professores também se declaram não leitores. Nós temos famílias e educadores que leem pouco, uma média de 4.96 livros lidos por pessoa ao ano, o que está muito abaixo do ideal para um país como o nosso.

E também tem uma questão que o próprio sistema de ensino não propicia o hábito da leitura. O livro na escola é sempre encarado como objeto apenas para fazer uma prova e tirar nota. A relação do estudante com o livro é ruim. Eles leem não por prazer ou vontade, mas porque o colégio exigiu. E isso é uma coisa que acompanha o aluno até o vestibular e causa reflexos na vida adulta.

 Quais os benefícios do hábito da leitura? Quais problemas a falta dela pode trazer? 

A leitura é bastante transformadora. A gente percebe isso desde a mais tenra idade. As crianças que têm o hábito da leitura e gostam de contar histórias possuem uma outra forma de pensar. A prática desde cedo traz conhecimentos enriquecedores para a vida adulta.

Hoje estamos vivendo, por exemplo, o problema das fake news e visto verdadeiras barbaridades compartilhadas pelas redes sociais. As pessoas não têm se interessado em se aprofundarem nos assuntos, pois não leem. Também temos um enorme contingente de leitores analfabetos, que são aqueles que sabem ler, mas não conseguem interpretar o conteúdo, acabando por replicar essas notícias falsas.

Acredito que sem a leitura plena, a educação fica prejudicada. Por exemplo, nos exames do Enem há uma grande quantidade de respostas erradas por falta de interpretação das questões.

 Disponível em: http://edicaodobrasil.com.br/2018/10/26/44-da-populacao-brasileira-nao-pratica-o-habito-da-leitura/ (Adaptado)

 TEXTO II


TEXTO III

Imposto sobre livros causa apreensão

Setor livreiro se mobiliza contra proposta do governo federal para que isenção de tributos seja cancelada

 O leitor que prepare o bolso: se depender da proposta de reforma tributária feita pelo Ministério da Economia, o livro vai ficar mais caro no Brasil. Entregue no fim de julho à Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei (PL) 3.887/2020 prevê a substituição de Cofins e PIS pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Atualmente isentos da cobrança dos impostos, os volumes passariam a pagar uma alíquota de 12%. O fim do benefício, segundo avaliação do setor, deverá aumentar o preço do livro em 20%, já que incidiria em cascata, atingindo do fabricante do papel ao livreiro. O valor seria repassado integralmente ao consumidor final.

A proposta do governo causou indignação em toda a cadeia produtiva do livro, incluindo aí os principais interessados na proposta: os leitores. Um abaixo-assinado virtual (disponível no link bit.ly/32pkCrT) já ultrapassou 1 milhão de assinaturas contra a medida. Um manifesto chamado “Em Defesa do Livro”, assinado pelas principais entidades livreiras do país, foi divulgado no início de agosto, também se posicionando contra a mudança.

A tributação vai se somar a uma sequência de dificuldades que o setor enfrenta. Entre 2007 e 2017, houve uma queda de 29% nos pontos de venda de livros no Brasil, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Nos últimos anos, as duas maiores redes de livrarias do país, Saraiva e Cultura, entraram em recuperação judicial e fecharam diversas de suas unidades – incluindo uma da Saraiva no DiamondMall. “O setor está muito fragilizado. As últimas crises econômicas e a pandemia dificultaram bastante, várias lojas estão fechadas há mais de 120 dias. Se vier (o imposto), será uma tragédia”, detalha Vitor Tavares, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL).

Para o presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e editor da Sextante, Marcos da Veiga Pereira, o aumento no preço vai levar a uma redução na compra dos livros, com consequências trágicas para o mercado. “Não conseguimos uma margem menor do que a de hoje, vamos ter que subir o preço. É inevitável uma diminuição do consumo, e isso, num contexto de recessão e desemprego como o atual, vai ser desastroso”, afirma. 

Preço

Outra preocupação é que o aumento de 20% no valor médio reforce a percepção de que o livro é caro – o que, editores garantem, não é verdade. “Desde que conquistamos a isenção de Cofins e PIS, entre 2006 e 2019, o livro teve uma redução média de 35% no seu preço e vem sendo corrigido apenas pela inflação”, afirma Marcos da Veiga Pereira. Ele cita como exemplo um dos sucessos da Sextante, “O Código da Vinci”, de Dan Brown. “Em 2004, quando lançamos, o preço era R$ 39,90. Se trouxer só pela inflação, até 2020, esse valor chegaria próximo a R$ 100, mas ele é vendido com preço de capa de R$ 54,90. Esse foi o quão mais acessível o livro ficou desde então”, defende.

A avaliação é a mesma do proprietário da editora Miguilim e da Livraria da Rua, na Savassi, Alexandre Machado. “Falar que o livro é caro é desprezar o livro. No segmento infantojuvenil, no qual a Miguilim atua, existe muito zelo para sair tudo perfeito, com detalhes como ilustração, design e qualidade do papel. O preço não é caro, mas qualquer tributo dificulta bastante”, pondera.

Disponível em: https://www.otempo.com.br/diversao/imposto-sobre-livros-causa-apreensao (Adaptado)

Proposta de redação com base em imagine.com.br


sábado, 2 de janeiro de 2021

Regência Verbal

 Para transformar sua cidade, plante uma árvore

Nossas cidades precisam de árvores, que muito além de nos oferecerem sua sombra, nos trazem inúmeros benefícios. Mais árvores contribuem para a melhoria no microclima urbano, ajudando a reduzir a temperatura e a poluição do ar. Elevam a permeabilidade do solo e retêm a água da chuva, evitando deslizamentos de terra, erosão e enchentes. Agem como barreira contra ventos, ruídos e luminosidade. Do ponto de vista da biodiversidade regional, elas ainda são fundamentais para o equilíbrio ambiental, servindo de moradia e alimento para pequenas espécies, pássaros, insetos e microrganismos. Além, é claro, do bem-estar psicológico de transitar por uma bela área arborizada.

Com tantas vantagens, podemos afirmar que se você quer transformar o seu ambiente, seja no campo ou na cidade, em um local com mais qualidade de vida, uma opção é começar plantando uma árvore. Mas, claro, é preciso seguir algumas dicas para garantir o sucesso da empreitada.

O primeiro passo é escolher o local em que se pretende plantar a árvore. Na cidade, esse é um processo que exige um conhecimento prévio das características da espécie para que não ocorram danos à planta nem ao equipamento público, como fiação elétrica e rompimento da calçada por raízes, entre outros. Basicamente, as espécies devem permitir a incidência de sol, coexistir com as redes de iluminação, manter distância adequada das casas e serem de pequeno porte, com raízes superficiais, como a pitangueira. Já áreas abertas e sem vegetação podem receber árvores de diferentes portes, velocidade de crescimento e perfil.

Pesquise e dê prioridade às espécies de árvores nativas de sua região – os órgãos de meio ambiente e os viveiros de mudas costumam ser boas fontes para estas informações. Procure escolher uma espécie que seja viável cuidar e se informe sobre aspectos como frequência de rega e necessidade de podas.

É essencial também que se verifique a necessidade de autorização para plantar no local escolhido. A melhor opção é buscar orientação na prefeitura, secretaria de meio ambiente ou outro órgão responsável pelo tema no seu município.

[...] Fica a mensagem: plantar e cuidar de uma árvore é mais uma ótima maneira de exercer a cidadania socioambiental e contribuir com um ambiente mais sustentável.

                                                                     Kelly De Marchi. Disponível em: <https://www.sosma.org.br/>.

 1) Sublinhe o “a” que funciona como preposição, necessária à regência de um verbo na frase abaixo:

 “Mais árvores contribuem para a melhoria no microclima urbano, ajudando a reduzir a temperatura e a poluição do ar.”

 2) No segmento “[...] não ocorram danos à planta nem ao equipamento público [...]”, o termo regente (o verbo “ocorram”) exigiu dois tipos de complementos (sem preposição e com preposição). Por isso, esse verbo é:

 a) de ligação

b) intransitivo

c) transitivo direto (sem preposição)

d) transitivo direto e indireto (sem preposição / com preposição)

 3) Na passagem “[...] muito além de nos oferecerem [...]”, a preposição está implícita no termo “nos”. Assinale a alternativa em que ela foi explicitada corretamente:

 a) “[...] muito além de oferecerem a nós [...]”

b) “[...] muito além de oferecerem por nós [...]”

c) “[...] muito além de oferecerem de nós [...]”

d) “[...] muito além de oferecerem para nós [...]”

 4)  No trecho “[...] evitando deslizamentos [...]”, o termo regente é um verbo:

 a) na forma de particípio.

b) na forma de gerúndio.

c) na forma de infinitivo pessoal.

d) na forma de infinitivo impessoal.

5) Considere a regência verbal presente na frase “plantar e cuidar de uma árvore”. Agora explique por que a gramática considera errado esse tipo de construção frasal.



GABARITO

1) “Mais árvores contribuem para a melhoria no microclima urbano, ajudando a reduzir a temperatura e a poluição do ar.”

2) d

3) a

4) b

5) Os verbos plantar e cuidar têm regências diferentes, portanto não podem compartilhar o mesmo complemento, no caso, “uma árvore”.

Figuras de linguagem

 1) (UFPE) Assinale a alternativa em que o autor NÃO utiliza prosopopeia.

 a) “A luminosidade sorria no ar: exatamente isto. Era um suspiro do mundo.” (Clarice Lispector)

b) “As palavras não nascem amarradas, elas saltam, se beijam, se dissolvem…” (Drummond)

c) “Quando essa não-palavra morde a isca, alguma coisa se escreveu.” (Clarice Lispector)

d) “A poesia vai à esquina comprar jornal”. (Ferreira Gullar)

e) “Meu nome é Severino, Não tenho outro de pia”. (João Cabral de Melo Neto)

 2)

“A novidade veio dar à praia

na qualidade rara de sereia

metade um busto de uma deusa maia

metade um grande rabo de baleia

a novidade era o máximo

do paradoxo estendido na areia

alguns a desejar seus beijos de deusa

outros a desejar seu rabo pra ceia

 

oh, mundo tão desigual

tudo tão desigual

de um lado este carnaval

do outro a fome total

 

e a novidade que seria um sonho

milagre risonho da sereia

virava um pesadelo tão medonho

ali naquela praia, ali na areia

a novidade era a guerra

entre o feliz poeta e o esfomeado

estraçalhando uma sereia bonita

despedaçando o sonho pra cada lado”

(Gilberto Gil – A Novidade)

 Gilberto Gil, em seu poema, usa um procedimento de construção textual que consiste em agrupar ideias de sentidos contrários ou contraditórios numa mesma unidade de significação. A figura de linguagem acima caracterizada é:

 a) Metonímia.

b) Paradoxo.

c) Hipérbole.

d) Sinestesia.

e) prosopopeia.

 3) Leia o trecho de “Lua Adversa”, de Cecília Meireles:

 Tenho fases

Fases de andar escondida,

fases de vir para a rua…

Perdição da minha vida!

Perdição da vida minha!

Tenho fases de ser tua,

tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e que vêm,

no secreto calendário

que um astrólogo arbitrário

inventou para meu uso.

 O eu lírico mostra-se confuso, apresentado atitudes e comportamentos adversos entre si. Esse recurso linguístico é denominado:

a)      Metáfora

b)      Antítese

c)      Prosopopeia

d)     Aliteração

e)      Assonância

 4) (UFPA)

 Tecendo a manhã

Um galo sozinho não tece uma manhã:

ele precisará sempre de outros galos.

De um que apanhe o grito que um galo antes

e o lance a outro; e de outros galos

que com muitos outros galos se cruzem

os fios de sol de seus gritos de galo,

para que a manhã, desde uma teia tênue,

se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,

se erguendo tenda, onde entrem todos,

se entretendendo para todos, no toldo

(a manhã) que plana livre de armação.

A manhã, toldo de um tecido tão aéreo

que, tecido, se eleva por si: luz balão.

 (MELO, João Cabral de. In: Poesias Completas. Rio de Janeiro, José Olympio, 1979)

 Nos versos  “E se encorpando em tela, entre todos, se erguendo tenda, onde entrem todos, se entretendendo para todos, no toldo…” tem-se exemplo de

 a) eufemismo

b) antítese

c) aliteração

d) personificação

e) comparação



GABARITO

1) e

2) b

3) b

4) 4

Figuras de linguagem

1) Explique as metonímias das frases abaixo: 

a) "A mão que toca o violão se for preciso vai a guerra " (Milton Nascimento)

b) Apaixonada pela música popular brasileira conhecia Chico Buarque de Holanda a fundo.

c) Durante o jantar bebeu apenas uma taça de vinho.

d) As câmeras procuravam todos os ângulos do tráfico acidente.

e) Ainda hoje em muitos setores a mulher é discriminada.

f) A criminalidade deve ser combatida.

 2) O texto se utiliza da linguagem figurada, conotativa. Explique as metáforas construídas nos versos 

"Não é sobre chegar no topo do mundo

E saber que venceu

É sobre escalar e sentir

Que o caminho te fortaleceu"

(Trem-bala, Ana Vilela)

 

3) Considere o seguinte enunciado e o contexto de sua produção:

“O jogo era tenso, e o estádio estava lotado. Quando o juiz apitou o final do jogo, toda a arquibancada vaiou o time pela derrota.”

Nesse trecho há o uso de linguagem figurada representada em “toda a arquibancada vaiou o time”. Esse recurso linguístico é denominado prosopopeia ou metonímia? Explique sua resposta.

 4) Identifique a figura de linguagem com que é construído o provérbio “O sabiá não sabia que o sábio sabia que o sabiá não sabia assobiar.”

 5) Leia:

“Vai passar

Nessa avenida um samba popular

Cada paralelepípedo

Da velha cidade

Essa noite vai

Se arrepiar

Ao lembrar

Que aqui passaram sambas imortais

Que aqui sangraram pelos nossos pés

Que aqui sambaram nossos ancestrais”

(Chico Buarque)

 Explique a prosopopeia presente nesses versos.

6) Em “Olhos fechados pra te encontrar, não estou ao seu lado, mas posso sonhar” (Herbet Viana), nota-se a presença de paradoxo ou antítese? Explique sua resposta.

 7)

“Eu morreria por você

Na guerra ou na paz

Eu morreria por você

Sem saber do que sou capaz”

(Banda IRA!)

 Que figuras de linguagem estão presentes nesses versos?



GABARITO

1) 

a) Substituição do músico pela mão. 

b) Substituição das músicas de Chico Buarque pelo próprio Chico Buarque. 

c) Substituição do vinho (o conteúdo) pela taça.

d) Substituição do operador da câmera pela câmera.

e) Substituição da população (as mulheres) pelo indivíduo (a mulher).

f) Substituição do agente (criminoso) pelo seu fenômeno (a criminalidade).

 2) As expressões utilizadas como "topo" e " escalar" são apenas expressões para dar um sentido mais amplo , a metáfora trás sentido duplo, portanto você não vai necessariamente escalar ou chegar no topo, submete-se ao quão alto você pode chegar na vida.

 3) Metonímia, pois significa que a plateia vaiou o juiz.

 4) Aliteração, pela repetição harmônica dos sons consonantais “s” e “b”.

 5) O eu poético expressa-se afirmando que o objeto inanimado “paralelepípedo” vai “se arrepiar” ao ter uma “lembrança”. 

6) Paradoxo, devido à falta de nexo em se “fechar os olhos para encontrar alguém”. 

7) Hipérbole, no verso “eu morreria por você”; e antítese entre os vocábulos “guerra” e “paz”.