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Verso e Prosa: poesias para a alma, crônicas para a vida (livro impresso): https://clubedeautores.com.br/livro/verso-e-prosa-2

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CONHECENDO O AUTOR DO BLOG

O professor e escritor Marcos Cortinovis Carvalho nasceu no Rio de Janeiro, na capital, em 1975. Após estabelecer-se profissionalmente como professor, foi morar em Mangaratiba, município da Costa Verde fluminense, onde permaneceu por três anos. Atualmente reside em Itaguaí, município da região metropolitana do Rio de Janeiro, compreendida entre a Baixada Fluminense e a Costa Verde.

Casou-se em 1998, tem dois filhos e um neto. Estudou Direito, mas não chegou a se formar, trancou o curso quando iniciou o quinto ano da faculdade e, em seguida, ingressou no curso de Letras. Fez especialização em Linguística e Língua Portuguesa e cursou Mestrado, cuja pesquisa volta-se à leitura e produção textual de alunos em privação de liberdade.

É professor da Rede Estadual de Ensino do Rio de Janeiro, possui duas matrículas públicas: por uma delas, é lotado em uma escola situada em um presídio, onde, além de lecionar Língua Portuguesa e Literatura, coordena trabalhos extraclasse – o Festival de Música e o Café Literário – os quais visam não apenas o desenvolvimento intelectual dos alunos, mas também a sensibilidade artística deles; por outra matrícula, leciona Português e Literatura em Itaguaí.

Lançou-se pela primeira vez no mundo da literatura como escritor com a obra "Nos trilhos do trem e outras crônicas", em que, além de outros temas, inspira-se no dia a dia do trem suburbano do Rio de Janeiro.

Além disso, inspirou-se em cronistas pelos quais tem grande admiração – Luís Fernando Veríssimo, Stanislaw Ponte Preta, Rubem Braga e Zuenir Ventura – e pretende alçar mais voos no universo literário.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Romantismo - 1ª geração


1) (Unifesp – 2003)

Canção do exílio
(Gonçalves Dias)


Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em  cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar sozinho, à noite
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Gonçalves Dias consolidou o romantismo no Brasil. Sua “Canção do exílio” pode ser considerada tipicamente romântica porque

a) apoia-se nos cânones formais da poesia clássica greco-romana; emprega figuras de ornamento, até com certo exagero; evidencia a musicalidade do verso pelo uso de aliterações.
b) exalta terra natal; é nostálgica e saudosista; o tema é tratado de modo sentimental, emotivo.
c) utiliza-se do verso livre, como ideal de liberdade criativa; sua linguagem é hermética, erudita; glorifica o canto dos pássaros e a vida selvagem.
d) poesia e música se confundem, como artifício simbólico; a natureza e o tema bucólico são tratados com objetividade; usa com parcimônia as formas pronominais de primeira pessoa.
e) refere-se à vida com descrença e tristeza; expõe o tema na ordem sucessiva, cronológica; utiliza-se do exílio como o meio adequado de referir-se à evasão da realidade.

2) São características da primeira geração do Romantismo brasileiro, exceto:

a) Exaltação da natureza e da liberdade.
b) Indianismo.
c) Nacionalismo ufanista.
d) Brasileirismo (linguagem).
e) Egocentrismo e individualismo.

3) Observe o seguinte trecho do livro Iracema, de José de Alencar:

Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.

Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.

O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.

Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.

[...] Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista perturba-se.

[...] Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na face do desconhecido.

[...] O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não o sei eu. Porém a virgem lançou de si o arco e a uiraçaba, e correu para o guerreiro, sentida da mágoa que causara.

Marque verdadeiro ou falso:

a) ( ) Iracema é retratada na obra como uma selvagem, inferior ao elemento branco com quem se encontra pela primeira vez, mostrando a valorização do elemento estrangeiro nas produções literárias dessa geração do Romantismo.

b) (  ) A idealização do herói nacional pode ser comprovada no exagero da descrição de Iracema feita por José de Alencar, todos os seus atributos eram maiores e melhores do que a natureza com que foi comparada.

c) (  ) Há uma clara separação do elemento indígena e a natureza, colocando esta última apenas como pano de fundo da narração.

d) ( ) A valorização da natureza faz dela participante efetivo do romance.

4) (Fuvest) "O indianismo dos românticos [...] denota tendência para particularizar os grandes temas, as grandes atitudes de que se nutria a literatura ocidental, inserindo-as na realidade local, tratando-as como próprias de uma tradição brasileira." (Antonio Candido, Formação da Literatura Brasileira) Considerando-se o texto acima, pode-se dizer que o indianismo, na literatura romântica brasileira:

a) procurou ser uma cópia dos modelos europeus.
b) adaptou a realidade brasileira aos modelos europeus.
c) ignorou a literatura ocidental para valorizar a tradição brasileira.
d) deformou a tradição brasileira para adaptá-la à literatura ocidental.
e) procurou adaptar os modelos europeus à realidade local.

5) Qual o fator histórico relacionado à disseminação do Romantismo no Brasil?

a) A partir da obra de alvares de Azevedo.
b) A partir da fundação das primeiras faculdades.
c) Depois da chegada de Camões ao Brasil.
d) A partir da chegada da família real ao Brasil.
e) Depois da chegada de um membro da família real.

6) Na primeira geração do Romantismo, chamada de nacionalista ou indianista, há a exaltação de quais aspectos?

a) Do negativismo, do ódio e do amor pela pátria.
b) Da natureza, do índio, do sentimentalismo e da religiosidade.
c) Da exaltação da morte, do índio e da natureza.
d) Da religiosidade que proíbe quase tudo.
e) Da nobreza, dos campos e das mulheres.

7) Quais são os principais autores da primeira geração do Romantismo?

a) Magalhães de Gonçalves, Gonçalves Dias e Araujo Porto.
b) Araujo Porto Alegre, Alvares de Abreu e Gonçalves Freire.
c) Araujo Porto Alegre, Casimiro de Abreu e Castro Alves.
d) Carlos Drummond de Andrade, Gonçalves Dias e Gonçalves Magalhães.
e) Gonçalves Dias, Gonçalves Magalhães e Araujo Porto Alegre

8) “Ó guerreiros da Tribo Tupi Ó guerreiros, meus cantos ouvi.” A geração da poesia romântica aí representada é:

a) pré-romântica.
b) social.
c) indianista.
d) mal do século.
e) ultra-romântica.




GABARITO
1) b
2) e
3) F - V - F - V
4) e
5) d
6) b
7) e
8) c

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