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Verso e Prosa: poesias para a alma, crônicas para a vida (livro impresso): https://clubedeautores.com.br/livro/verso-e-prosa-2

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CONHECENDO O AUTOR DO BLOG

O professor e escritor Marcos Cortinovis Carvalho nasceu no Rio de Janeiro, na capital, em 1975. Após estabelecer-se profissionalmente como professor, foi morar em Mangaratiba, município da Costa Verde fluminense, onde permaneceu por três anos. Atualmente reside em Itaguaí, município da região metropolitana do Rio de Janeiro, compreendida entre a Baixada Fluminense e a Costa Verde.

Casou-se em 1998, tem dois filhos e um neto. Estudou Direito, mas não chegou a se formar, trancou o curso quando iniciou o quinto ano da faculdade e, em seguida, ingressou no curso de Letras. Fez especialização em Linguística e Língua Portuguesa e cursou Mestrado, cuja pesquisa volta-se à leitura e produção textual de alunos em privação de liberdade.

É professor da Rede Estadual de Ensino do Rio de Janeiro, possui duas matrículas públicas: por uma delas, é lotado em uma escola situada em um presídio, onde, além de lecionar Língua Portuguesa e Literatura, coordena trabalhos extraclasse – o Festival de Música e o Café Literário – os quais visam não apenas o desenvolvimento intelectual dos alunos, mas também a sensibilidade artística deles; por outra matrícula, leciona Português e Literatura em Itaguaí.

Lançou-se pela primeira vez no mundo da literatura como escritor com a obra "Nos trilhos do trem e outras crônicas", em que, além de outros temas, inspira-se no dia a dia do trem suburbano do Rio de Janeiro.

Além disso, inspirou-se em cronistas pelos quais tem grande admiração – Luís Fernando Veríssimo, Stanislaw Ponte Preta, Rubem Braga e Zuenir Ventura – e pretende alçar mais voos no universo literário.

sábado, 25 de novembro de 2017

UERJ 2018 - Proposta de redaçao: O ciúme nas relações.

Texto 1
O "DEMÔNIO" DOS CIÚMES
Quaisquer que sejam os pontos de vista em que se achem colocados os psicólogos para estudar os vários aspectos do ciúme, é comum nas suas conclusões o caráter profundamente disfórico, molesto e torturante de sua vivência. O próprio Santo Agostinho, em suas "Confissões", afirma que era "flagelado pela férrea e abrasadora tortura dos ciúmes"; antes e depois dele, a Literatura e a História coincidiram em conceder-lhes a categoria de "máximo tormento" e, mais recentemente, a Psicologia o confirma, ao analisar o ressentimento, que é seu ingrediente básico.
Efetivamente, se de algum modo se pode caracterizar o estado do Ser ciumento é definindo-o como uma perseverante e complexa frustração: sente amor e julga-se não correspondido (ou, o que é ainda pior, falsamente correspondido); sente raiva, mas compreende a ineficácia de demonstrá-la; sente temor e não pode fugir; sente, pois, intensamente, uma necessidade de ação, e, simultaneamente, percebe sua impotência, desde que a solução do caso não depende dele e sim dos outros ... e não consiste precisamente em "atos" mas em "sentimentos"... que não podem impor-se nem suprimir-se, que não obedecem a razões nem coações... Assim, o Ser que é devorado ou consumido pelos ciúmes vive em perpétua tensão, sem poder assumir uma atitude mental definitiva, bamboleando-se continuamente entre a fé e o desespero.
Os ciúmes são vividos de modo diferente pela mulher e pelo homem, e também o são, em cada sexo, de acordo com o tipo de Amor.
(Emilio Mira y López. "Quatro gigantes da alma". 1966.)


Texto 2
“Atire a primeira pedra quem nunca se sentiu enciumado, ainda que tenha mantido o fato em segredo. Sutil ou avassalador, esse é um dos sentimentos mais contundentes do ser humano. Talvez por isso seja fonte de inspiração para escritores e compositores. (...).
Na vida real, o ciúme é um dos temas que aparecem com freqüência nas conversas com amigos, nas sessões de terapia. É compreensível. Afinal, no dia-a-dia, é difícil ignorá-lo. "É natural sentir ciúme. É como sentir dor ou fome", diz o especialista Ailton Amélio da Silva, da USP. Também é verdade que, no Carnaval, o monstro ataca com volúpia. Em sã consciência, nessa época de barriguinhas lindas à mostra, quem deixaria o parceiro passar o feriado sozinho? No entanto, para desespero dos mais preocupados, além do Carnaval e das situações comuns que podem ser estopins de uma crise, como uma simples ida a um restaurante, surgem outras capazes de despertar o monstro. As imensas possibilidades de contato com outras pessoas abertas pelas relações virtuais estão entre elas. Não é exagero dizer que as novas ferramentas de comunicação da internet estão para o ciúme como a gasolina está para apagar incêndio. O Orkut, por exemplo, é uma janela para o mundo que permite fazer contatos ou reencontrar antigos amores. Mas, para quem tem tendência ao ciúme, é mais uma trincheira de briga. Em geral, por causa de recados deixados nas páginas de visita. O correio eletrônico é outro cenário que atrai desconfiados decididos a escarafunchar as mensagens eletrônicas atrás de pistas de traição.”
(Fragmento de "Nas garras do ciúme". ISTO É - 09.02.2005.)

Texto 3
OLHOS NOS OLHOS
(Chico Burque)

Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando
me pego cantando
Sem mais nem porquê
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você

Quando talvez precisar de mim
'Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
olhos nos olhos, quero ver o que você diz
quero ver como suporta me ver tão feliz.

Os textos apresentados tratam da questão do sentimento do ciúme, sentimento, que pode tornar-se muito intenso e perturbar o comportamento do indivíduo e que, apesar de surgir em todas as formas de relacionamento, torna-se mais notável nas relações amorosas, como explicita a literatura machadiana na narrativa de Dom Casmurro, em que o ciúme faz gerar a dúvida em Bentinho sobre a traição ou não de Capitu, levando-o à obsessão de que fora traído.
A partir da leitura da obra de Machado de Assis e dos textos motivadores, redija um texto dissertativo-argumentativo, em prosa, de 20 a 30 linhas, sobre o tema O ciúme nas relações.
Utilize a norma-padrão da língua e atribua um título à sua redação.


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