Canção do vento e da minha vida
O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.
[...]
O vento varria os sonhos
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.
O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo.
(BANDEIRA, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967)
a) a construção de oposições de ideias.
b) a apresentação de ideias de forma objetiva.
c) o emprego recorrente de figuras de linguagem, como o eufemismo.
d) a repetição de sons consonantais e de construções sintáticas semelhantes.
e) a inversão da ordem sintática das palavras, ou seja, o uso de hipérbato.
2) Na sentença: “Este seu Guignard é falso ou verdadeiro?”, o nome do pintor Guignard é empregado como uma referência para um quadro do mesmo pintor, ou seja, uma metonímia. Sendo assim, assinale a alternativa em que o uso desse nome tem a mesma função:
a) “Mas me diga só uma coisa: viu Guignard pintar este quadro?”
b) “Qualquer um vê logo que se trata de Guignard autêntico, Guignard da melhor época.”
c)“Guignard tinha alunos; e daí?”
d) “Eu não duvido nada, só que existem por aí uns cinquenta quadros falsos de Guignard, e então...”
e) Esses quadros de Guignard são autênticos e serão expostos na galeria.
3) Leia a tirinha:
O humor da tirinha é construído sobre o que o personagem Armando tem como preferência. A fim de corroborar com isso, foi utilizada uma figura de linguagem identificada como:
a) Comparação, devido à aproximação de elementos de universos diferentes, através do uso do termo “como”
b) Metáfora, pois no texto “amor” é exemplificado com a “flor” e com o “carro”
c) Metonímia, no que se refere em “o todo pela parte”, pois, na tirinha em análise, o “amor” é o todo, e a “flor” e o “carro” são a parte.
d) Aliteração, devido à repetição do som consonantal /r/ - amor, flor, for, regada, murcha e morre.
e) Eufemismo, pois há o abrandamento do conceito de amor, em sua semelhança com a flor.
4)
Levantados do chão
(Chico Buarque de Hollanda)
Como então? Desgarrados da terra?
Como assim? Levantados do chão?
Como embaixo dos pés uma terra
Como água escorrendo da mão? [...]
Como assim? Levitante colono?
Pasto aéreo? Celeste curral?.
Um rebanho nas nuvens? Mas como?
Boi alado? Alazão sideral? [...]
As imagens da última estrofe constroem-se através da combinação de substantivos com adjetivos, pertencentes aos campos semânticos de ar e de terra. A maneira como esses campos semânticos estão combinados resulta:
a) em imagens contraditórias, expressas numa figura de linguagem, o paradoxo.
a) em imagens opostas, expressas numa figura de linguagem, a antítese.
a) em imagens amenizadas, expressas numa figura de linguagem, o eufemismo.
a) em sensações sonoras, expressas numa figura de linguagem, a aliteração.
a) em imagens exageradas, expressas numa figura de linguagem, a hipérbole.
5)
Eu nasci há dez mil anos atrás
E não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais
(...)
Eu vi a arca de Noé cruzar os mares
Vi Salomão cantar seus salmos pelos ares
Eu vi Zumbi fugir com os negros pra floresta
Pro Quilombo dos Palmares, eu vi
(...)
Eu fui testemunha do amor de Rapunzel
Eu vi a estrela de Davi brilhar no céu
E pr’aquele que provar que eu tô mentindo
Eu tiro o meu chapéu.
(Eu nasci há dez mil anos atrás, Paulo Coelho e Raul Seixas. LP, Há dez mil anos atrás, Philips, 1976)
Na letra da canção de Raul Seixas, há um eu lírico que, para mostrar a sua vasta experiência de vida, expressa-se por meio do uso da figura de linguagem denominada:
a) Metonímia
b) Hipérbole
c) Polissíndeto
d) Hipérbato
e) Antítese
GARITO
1 – D
2 – B
3 – A
4 – A
5 – B
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