Texto I
Pela Internet
(Gilberto Gil)
Criar meu web site
Fazer minha home-page
Com quantos gigabytes
Se faz uma jangada
Um barco que veleje
Que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve um oriki do meu velho orixá
Ao porto de um disquete de um micro em
Taipé
Um barco que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve meu e-mail até Calcutá
Depois de um hot-link
Num site de Helsinque
Para abastecer
1) Na primeira estrofe
da canção de Gilberto Gil, são apresentadas algumas palavras do universo da
informática?
a) Identifique-as.
b) Essas palavras são de
que idioma?
2) Usar palavras de
outro idioma no nosso, dentro de um contexto comunicativo, recebe que nome,
segundo os estudos gramaticais?
3) Releia os seguintes
versos:
Com quantos gigabytes
Se faz uma jangada
Um barco que veleje
Em relação ao uso do
pronome oblíquo “se”, marque (v) para verdadeiro ou (f) para falso:
a) ( )
Ele foi empregado em próclise.
b) ( )
Segundo a regra gramatical, ele deveria estar em ênclise.
c) ( )
A liberdade poética não permite que, nesse caso, o pronome esteja no início do
verso.
d) ( )
Já que a forma verbal ”faz” está no futuro, o pronome “se” deveria estar no
meio do verbo.
4) Nos versos “Que
veleje nesse infomar / Que aproveite a vazante da infomaré”,
as palavras em destaque não existem em nosso idioma, mas elas fazem sentido
dentro do contexto do texto. A essa ocorrência, dá-se o nome de:
a) Estrangeirismo
b) Neologismo
c) Sujeito simples
d) Sujeito composto
5) Explique como essas
palavras foram criadas.
6) Neologismos também
ocorrem quando damos novos significados a palavras que já existem em nosso
idioma. Isso ocorre em todas as palavras destacas nos itens a seguir, EXCETO
em:
a. Meu vizinho fez
um gato na luz.
b. A apresentadora
Maísa lacrou ontem na entrega da premiação.
c. Se arrumou tanto que
ficou um gato.
d. A Defesa Civil lacrou o
estabelecimento, pois havia risco de novas explosões.
Texto II
Pedro pedreiro penseiro esperando
o trem
Manhã parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém
Pedro pedreiro fica assim pensando
[…]
(Fragmento de Pedro Pedreiro, de Chico Buarque)
7) No texto II, há uma
palavra que destoa do vocabulário formal da língua portuguesa. Que
palavra é essa?
8) Considerando o
contexto da composição de Chico Buarque, que palavra do vocabulário formal da
língua portuguesa pode ser usada no lugar dessa que destoa?
Texto III
Neologismo
(Manuel Bandeira)
Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo
Teadoro, Teodora.
9) Sobre o texto III é correto afirmar que:
a) o verbo
"teadorar" e o substantivo próprio "Teodora" são palavras
que possuem a mesma origem.
b) as classes das
palavras que compõem a estrutura do vocábulo "teadorar" são pronome
(te) e verbo (adorar).
c) o verbo
"teadorar" não possui significação exata no poema de Manuel Bandeira.
d) a palavra
“teadorar” não existe na língua portuguesa e, nesse caso, o poeta cometeu um
grave erro gramatical.
10) O poema chama-se
Neologismo, pois:
a) dá ideia de coisa
ultrapassada;
b) encerra uma
mensagem otimista;
c) apresenta
características de versos soltos;
d) introduz palavras
novas na língua.
GABARITO
1)
a)
Web site, home-page,
gigabytes.
b)
Inglês
2) Estangeirismo
3)
a) V
b) V
c) F
d) F
4) Opção “b” - Neologismo
5) Foram formadas por
composição por aglutinação: “informar” – informática + mar; e “infomaré” –
informática + maré.
6) Opção “d” - A Defesa
Civil lacrou o estabelecimento, pois havia risco de novas explosões.
7) “penseiro”
8) Pensativo.
9) Opção “b” - as classes
das palavras que compõem a estrutura do vocábulo "teadorar" são
pronome (te) e verbo (adorar).
10) Opção “d”- introduz palavras novas na
língua.
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