O texto I serve de
base às questões 1 e 2
Texto I
Seja
eu!
Seja
eu!
Deixa
que eu seja eu
E
aceita
O
que seja seu
Então
deita e aceita eu...
Molha
eu!
Seca
eu!
Deixa
que eu seja o céu
E
receba
O
que seja seu
Anoiteça
e amanheça eu...
Beija
eu!
Beija
eu!
Beija
eu, me beija
Deixa
O
que seja ser...
Então
beba e receba
Meu
corpo no seu
Corpo
eu, no meu corpo
Deixa!
Eu
me deixo
Anoiteça
e amanheça...
(Beija
eu, Marisa Monte)
1) A
partir da leitura da canção de Marisa Monte, pode-se concluir que:
a) a
linguagem na norma culta é usada nos variados gêneros, inclusive na poesia do
sentimento amoroso.
b) a
personagem feminina é descrita a partir
de seus sentimentos e não pelos atributos físicos.
c) A poesia
e a linguagem subjetiva não têm a preocupação com a norma culta, seguindo os
padrões poéticos.
d) conta
uma história de amor não correspondido depois de longos anos de espera.
e) o eu
lírico apresenta ao leitor uma opinião sobre determinado assunto – no caso, o
amor-paixão.
2) No que
diz respeito à linguagem utilizada no texto, verificam-se trechos que não estão
de acordo com a norma culta, isto se dá porque:
a) A
autora desconhece tal norma e, inconscientemente, adota a norma rural
brasileira.
b) A
norma culta é muito difícil e poucas pessoas a usam devido ao elevado índice de
analfabetismo no Brasil.
c) A
linguagem utilizada no texto reflete a ignorância do público leitor deste
gênero em especial.
d) Houve
um descuido do revisor do texto e isso seria uma atribuição dos órgãos
fiscalizadores.
e) A
linguagem utilizada no texto reflete traços de oralidade, muitas vezes comuns
ao gênero em que se insere.
3) ‘Atualmente,
porém, tanto na linguagem literária com na linguagem quotidiana é bem
corriqueiro constatarmos o uso de verbos (...) que, conquanto constituídos de
regências distintas, são expressos com apenas um complemento, contrariando o
que recomenda a norma culta da língua portuguesa. Acerca desse inquietante
tema, diz o festejado gramático EVANILDO BECHARA:
“Complementos
de termos de regências diferentes – o rigor gramatical exige que não se dê
complemento comum a termos de regência de natureza diferente. Assim, não
podemos dizer, consoante esse preceito:
Entrei e saí de casa
Em
lugar de
Entrei em casa e dela saí (ou
equivalente),
Porque
ENTRAR pede preposição EM, e SAIR pede preposição DE.’”
(https://www.recantodasletras.com.br/gramatica/3534109)
Como se vê, embora de ocorrência frequente no cotidiano,
a gramática normativa não aceita o uso do mesmo complemento para verbos com
regências diferentes. Esse tipo de transgressão só não ocorre na frase:
a)
Pode-se concordar ou
discordar, até radicalmente, de toda a política externa brasileira. (Clóvis
Rossi)
b)
Educador é todo
aquele que confere e convive com esses conhecimentos. (J. Carlos de Sousa)
c)
Vi e gostei muito do
filme “O Jardineiro Fiel” cujo diretor é um brasileiro.
d)
A sociedade
brasileira quer a paz, anseia por ela e a ela aspira.
e)
Interessei-me e
desinteressei-me pelo assunto quase que simultaneamente.
(Questão adaptada ESPM-2016.
https://www.todamateria.com.br/exercicios-de-regencia-verbal/)
4)
Segundo as regras da gramática
normativa, há uma inadequação de regência verbal na primeira pergunta feita
pelo Calvin. Em relação a essa afirmação e ao contexto apresentado na tirinha,
identifique o item que contém uma informação que não corresponde com a verdade:
a) O erro
no uso da regência, no contexto dado, não traz prejuízo ao bom entendimento da
frase proferida pelo personagem Calvin.
b) Por
tratar-se de uma situação informal de comunicação, não se aplica o rigor
gramatical nas construções frasais.
c) Calvin
é uma criança, portanto o desconhecimento das regras gramaticais acerca da
regência verbal é aceitável.
d) Usar,
como transitivo direto, o verbo “assistir” no sentido de ver ou presenciar é a
forma consagrada pela maioria dos falantes da língua portuguesa, especialmente
em situações informais de comunicação, como no caso da tirinha em análise.
e) O erro
no uso da regência, no contexto dado, com certeza, prejudicou o bom
entendimento da frase de Calvin, isso justifica, inclusive o “não” dado pelo
responsável por ele.
5)
(https://blogdoenem.com.br/pronomes-obliquos-atonos/)
Considere que tirinhas são
narrativas que misturam linguagem verbal e não verbal a fim de criar humor.
Para a construção do humor nas tirinhas vários recursos linguísticos podem ser
usados. Na tirinha em análise, o humor decorre:
a) da
incorreção gramatical acerca do uso do pronome oblíquo na frase “nunca
deixe-me” e a fala do 3º quadro, mostrando uma crítica sobre o uso formal e
informal da língua.
b) da
última fala, em que a personagem mostra-se desagradada com a maneira
excessivamente formal como ela que é tratada.
c) apenas
da mudança da expressão facial do personagem nos três quadros da tirinha.
d) do uso
incorreto do pronome oblíquo na fala “nunca deixe-me”, pois isso fez com que
sua parceira não compreendesse a declaração de amor.
e) do uso
gramaticalmente correto do pronome oblíquo átono, associado à última fala.
GARITO
1 – c
2 – e
3 – d
4 – e
5 – a
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