A partir da
leitura do texto 1, faça as questões de 1 e 2.
Texto 1
Carioquês e
Paulistês
(Frederico
Branco)
Quem quer ser imediatamente identificado
no Rio como paulistano fala em semáforo. Ou farol, como vulgarmente se diz em
São Paulo. Lá, a designação que prevalece é sinal luminoso.
E as diferenças estão longe de ficar
nisso.
Aqui, um simples encanador é convocado
quando se trata de reparar vazamento ou infiltração; já no Rio, o profissional
chamado é nada menos que um grandiloquente bombeiro. Os zeladores de edifício,
como cá os denominamos, lá são os porteiros. No Rio não há manobristas de
automóvel, pois no balneário os que exercem essas funções às portas dos
restaurantes, teatros, hotéis e afins são chamados de manobreiros. Pivete é a
tradução carioca dos nossos trombadinhas. Já os nossos guardadores, lá são
carinhosamente alcunhados de flanelinhas. E com relação ao próprio
estacionamento na rua junto à calçada como se diz aqui, ou ao passeio, como se
prefere no Rio – a manobra é feita da mesma maneira, mas lá se estaciona junto
ao composto meio-fio, ao passo que aqui alinhamos o veículo a uma prosaica
guia.
E em caso de trombada, com danos à
lataria? Em São Paulo, o jeito é procura um funileiro, ao passo que no
balneário o procurado deve ser um lanterneiro, ainda que um e outro nada tenham
a ver com a fabricação de funis ou de lanternas.
A paulistana carta de motorista no
balneário vira carteira. Já a carteira de cigarros, lá vendida, aqui é um
simples maço.
Também é inútil procurar no Rio presunto
para o lanche – ou para a merenda, como lá se chama. Deve-se pedir fiambre.
Presunto fica restrito no balneário aos que partem desta para melhor,
abandonados na rua indevidamente.
(BRANCO, Frederico.
Carioquês e paulistas. Jornal da Tarde, Rio de Janeiro, p.4, 8 jan.1992.)
1)
O
Brasil é um país riquíssimo em diversidade linguística. De Norte a Sul, é
possível perceber muitas diferenças na maneira de se falar o mesmo idioma. No
entanto uma parcela da população não vê com “bons olhos” essas diferenças
linguísticas, gerando até preconceito em relação às pessoas que falam um
português não muito privilegiado. O texto acima aborda essa temática,
especificamente no que se refere:
a)
ao
preconceito que os cariocas têm em relação à maneira de falar dos paulistanos.
b) às
diferenças entre a maneira como cariocas e paulistanos denominam vocábulos de
mesmos significados.
c)
às
diferenças nas escolhas vocabulares que são feitas de Norte a Sul do Brasil.
d)
ao
universo linguísticos dos paulistanos que, em sua grande maioria, é muito
diferente em relação ao universo linguístico dos cariocas.
e)
à
escolha de uso entre os vocábulos “semáforos”, “farol” ou “sinal.
2)
Em
“Aqui, um simples encanador é
convocado quando se trata de reparar vazamento ou infiltração”, a anteposição
do adjetivo destacado em relação ao substantivo:
a) Não
altera o sentido do enunciado, pois tanto com o adjetivo “simples” anteposto ou
posposto ao substantivo, o sentido do enunciado será de “encanador comum” ou “qualquer
encanador”.
b) Altera
o sentido do enunciado, pois os adjetivos devem ser usados sempre após o
substantivo a que ele se refere.
c) Não
altera o sentido do enunciado, pois os adjetivos devem ser usados sempre antes
do substantivo a que ele se refere
d) Prejudica
a compreensão do enunciado, pois, dessa forma, não é possível saber se o
adjetivo simples se refere ao termo anterior a ele, ou ao termo posterior a
ele.
e)
Altera
o sentido do enunciado, fazendo com que seu sentido seja de “encanador comum”
ou “qualquer encanador”; ao passo que, se fosse “encanador simples”, seu
significado seria de “encanador humilde”.
A partir da
leitura do texto 2, faça as questões de 3 e 4.
Texto 2
Quis
evitar teus olhos
Mas
eu não pude reagir
Fico
à vontade então
Acho
que é bobagem
A
mania de fingir
Negando
a intenção
Quando
um certo alguém
Cruzou
o teu caminho
E
mudou a direção
Chego
a ficar sem jeito
Mas
não deixo de seguir
A
tua aparição
Quando
um certo alguém
Desperta
o sentimento
É
melhor não resistir
E
se entregar
(Fragmento de “Um certo alguém”, de Lulu Santos)
3) É
comum as letras das canções, associadas às suas melodias, traduzirem
sentimentos e desejos de seus compositores e que, algumas vezes, essas vontades
vão ao encontro dos desejos dos ouvintes, sem quer julgar, logicamente o que é
certo ou errado. Sendo assim, o item que corresponde a uma afirmação incorreta
sobre a canção de Lulu Santos é:
a) Para
o eu lírico, quando se encontra uma pessoa que faz despertar bons sentimentos,
o melhor a se fazer é não resistir.
b) A
princípio, o eu lírico tentou mostrar resistência a esse “certo alguém”.
c) Na
verdade, apesar de mostrar uma resistência inicial, o eu lírico não concorda
com essa atitude, o que se confirma quando ele diz que “é bobagem a mania de
fingir”.
d)
O
eu lírico, mesmo acanhado, observa esse “certo alguém”.
e) Para
o eu lírico, mesmo ao ser despertado para alguns sentimentos, há que ter
cuidado para não se arrepender depois.
4)
Em “Quando
um certo alguém”, a anteposição do adjetivo “certo” estabelece o sentido de:
a) Pessoa
perfeita
b) Pessoa imperfeita
c) Pessoa qualquer
d) Pessoa de boa
índole
e) Pessoa má
Texto 3
(https://images.app.goo.gl/QgAg7co3TD7iba3h7)
5) Tirinhas
são textos de humor, ou seja, o objetivo desse gênero textual é causar graça. O
humor pode decorrer de vários recursos – verbais, não verbais ou pela
associação dos verbais e dos não verbais. Na tirinha em análise, o humor é
construído a partir do recurso linguístico da comparação, em que se observa
respectivamente:
a) O
adjetivo em grau comparativo de igualdade e em grau comparativo de
superioridade.
b) O
adjetivo em grau superlativo relativo de inferioridade e em grau comparativo de
superioridade.
c) O
adjetivo em grau comparativo de igualdade e em grau relativo de superioridade.
d) O
adjetivo em grau superlativo relativo de superioridade e em grau relativo de
superioridade.
e) O
adjetivo em grau comparativo de superioridade e em grau comparativo de inferioridade.
GABARITO
1 – b
2 – e
3 – e
4 – c
5 - b
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