Texto
1
A cada quatro padres brasileiros, um larga a batina para se
casar. O dado é do Movimento Nacional das Famílias dos Padres Casados, que
estima serem mais de 7 mil os religiosos que solicitaram no País a dispensa do
sacramento da ordem em troca do matrimônio. A Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil não divulga números sobre a questão.
São quase 900 anos (desde 1139, no Concílio de Latrão) de
história em que padres não podem se casar. O tema é tabu. Nas últimas duas
semanas, o Estado entrou em contato com 12 ex-sacerdotes, todos casados. A
maior parte deles não quis falar. Outros contribuíram com informações, mas
preferiram o anonimato, “para preservar a mulher e os filhos”.
As histórias e opiniões deles, porém, são parecidas. Quase
todos declaram que não saíram da Igreja para se casar – mas que divergiam de
muita coisa e o casamento era consequência. Defendem o celibato opcional.
Muitos desempenham papéis pastorais em suas paróquias e acompanham com
interesse o papa Francisco.
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2
O celibato é a opção de vida escolhida por pessoas de ambos
os sexos que decidem viver sem unir-se em matrimônio ou relacionamentos uns com
os outros. Pode ser escolhido por opção pessoal de cada um ou atribuído àqueles
que resolvem seguir uma carreira religiosa, sendo mais comum na vida de
freiras, bispos e pastores, que segundo a Bíblia determina devem viver longe
das tentações da carne, adotando uma vida casta.
Após o início do Cristianismo, apóstolos e pastores,
casavam-se normalmente e constituíam família.
O celibato teve sua origem no clero romano, após 304 d.C.
nos concílios de Elvira e Nicéia que proibiam os Ministros religiosos
casarem-se após a ordenação. A Igreja Católica adotou o celibato dos padres e
freiras na Idade Média, para defender o seu patrimônio, a fim de evitar que se
tornasse objeto de disputas por herdeiros, tornando-se obrigatório para o clero
a partir de 1537, durante o papado de Gregório VII, onde um sacerdote romano
que se casasse incorria na excomunhão e ficava impedido de todas as funções
espirituais. Um homem casado que desejasse vir a ser um sacerdote, tinha que
abandonar a sua esposa, e esta também tinha de assumir o voto de castidade ou
ele não poderia ser ordenado padre.
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A escassez de padres celibatários na Igreja Católica é tão
grave que muitas paróquias estão sendo forçadas a fechar. Ao mesmo tempo,
existem mais de 3.000 padres casados nos Estados Unidos. Para colocar tal
assunto sob uma perspectiva melhor, um em cada 3 padres se casou. Existe um
grande número de padres disponíveis para trabalhar em paróquias – em média mais
de 400 padres em cada Estado. Os padres casados continuam sendo padres, porém
deixam de ser clérigos. Um padre se encaixa numa vocação de serviço, uma
vocação divina. Um clérigo ocupa uma posição organizacional na igreja
institucional.
Quando um padre se casa, ele é dispensado do seu estado
clerical. Contudo, ele conserva a totalidade do sacerdócio. Ele deveria ser
referido como um ex-clérigo. A ordenação é permanente. Este fato é validado
pela Lei Canônica número 290 da Igreja. Vinte e uma leis da igreja possibilitam
os católicos a usarem padres casados. No casamento, em razão da Lei Canônica
290 e de nossa educação ou ordenação, e
ainda dos doze séculos de tradição católica romana, os padres mantém o seu
papel de servir ao povo, conforme Jesus o fez.
Os padres casados não abandonam a sua fé. Continuam a ajudar os católicos em suas
necessidades, enquanto aguardam o completo restabelecimento, quando a lei do
celibato, feita pelo homem, for anulada. No início deste milênio, 30% dos
padres são casados. Muitos padres casados e suas esposas ministram como um
casal.
O celibato de padres e
freiras, que fazem voto de castidade perante Deus e a Igreja é uma norma
disciplinar da Igreja. No entanto, a ordenação de padres casados já divide,
atualmente, a opinião da Igreja. Essa polêmica, sugerida na obra Dom Casmurro,
redunda sobre Bentinho que, em obediência à mãe, deveria formar-se sacerdote,
apesar de ter o coração voltado às paixões terrenas. Partindo desse comentário
e com base nos textos motivadores, redija um texto dissertativo-narrativo, em prosa, de 20 a 30 linhas, em que se
responda a seguinte questão: O celibato
na Igreja deveria ser abolido?
Utilize a norma-padrão da
língua e atribua um título à sua redação.
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