Texto
Leminski
era tão ágil no judô quanto na poesia
Quando o poeta Haroldo de Campos definia
Paulo Leminski como “Rimbaud curitibano com físico de judoca”, não estava
brincando. Além de escritor, publicitário e professor, o paranaense praticava
judô a sério. Conheceu o esporte por intermédio do irmão, aos 20 e poucos anos,
e em pouco tempo conquistou a faixa preta.
Nos anos 1960, defendia a seleção
paranaense em torneios, participava de campeonatos universitários e até venceu
uma disputa com atletas das Forças Armadas. Isso ao mesmo tempo em que dava
aulas e fazia poesias. Leminski foi além dos treinos: aprofundou-se no universo
da arte marcial. Aprendeu os ideogramas do japonês, impressionado com o poder
de síntese dos ícones. Leu filosofia budista, biografias e haicais, modalidade
de poema oriental na qual também se aventurou muito.
Devorou até uma Bíblia escrita em
japonês. E dizia que a luta o ajudava como poeta: “Você aprende a tirar de dentro
de você tudo que é necessário para um momento decisivo. Qualquer hesitação,
seja diante de um golpe ou de um poema, pode ser fatal”. Leminski dedicou ao
professor de judô da academia Kodokan, o italiano Aldo Lubes, um artigo de
1986: “Aprendi com sensei Aldo não apenas golpes, mas toda a grandeza humana
que se oculta por trás da prática de uma arte marcial”. Aldo não ficava atrás
em elogios a Paulo, seu amigo e discípulo por 10 anos: “Eu era o mestre, mas
com ele aprendi a não ver a vida de uma maneira complicada e material. Ele era
a pessoa mais natural do mundo”.
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1) Conforme a
leitura do texto em análise, pode-se afirmar que o autor:
a) quis prestar uma homenagem ao
poeta francês Arthur Rimbaud.
b)
faz uma comparação entre duas
habilidades desenvolvidas por Leminski.
c) mostra contradição entre as
habilidades desenvolvidas por Leminski.
d) afirma que o sensei Aldo foi
apenas um professor de judô de Leminski.
e) mostra que para Leminski era consequência
de seu trabalho como poeta.
2) O predicado compõe
uma oração, sendo a parte que necessariamente contém um verbo ou locução
verbal. O núcleo do predicado, no entanto, pode ser um verbo, um nome ou os
dois. E isso determina a sua classificação. A alternativa que apresenta o tipo
correto de predicado é:
a) ‘Quando o
poeta Haroldo de Campos definia Paulo Leminski como “Rimbaud curitibano com
físico de judoca”’ – predicado verbal
b) “Conheceu o
esporte” – predicado nominal
c) “participava
de campeonatos universitários” – predicado verbo-nominal
d) “Ele era a
pessoa mais natural do mundo” – predicado nominal
e) “Devorou até
uma Bíblia” – predicado verbo-nominal
3) Releia este
trecho: “E dizia que a luta o ajudava como poeta”. Realizando sua análise sintática,
é correto concluir que:
a)
o
termo “como poeta” exerce função de objeto indireto.
b)
o
verbo “torturar” é transitivo direto, portanto “nos” é o seu objeto direto.
c)
a
primeira oração contém um verbo intransitivo.
d)
o
pronome oblíquo “o” é objeto direto do verbo ajudar.
e)
A
forma verbal “ajudava”, no presente contexto, é verbo de ligação.
4) O objeto
indireto ocorre quando, numa oração, o verbo transita para seu complemento por
meio de uma preposição. Esse fenômeno está exemplificado na oração:
a)
"não
estava brincando”
b)
"Além
de escritor, publicitário e professor”
c)
“participava de campeonatos
universitários”
d)
“dava aulas e fazia poesias"
e)
“venceu uma disputa”
5)
Predicativo é um termo oracional que expressa uma característica ou um atributo
de um outro elemento da oração, podendo ser este refente ao sujeito ou o
objeto. Além disso, o predicativo está presente nos predicados nominais e nos
verbo-nominais. Dessa forma, indique a frase cujo termo destacado está
corretamente classificado.
a) “Eu era o
mestre” - predicativo do sujeito
b) “conquistou a
faixa preta” - predicativo do objeto
c) “Ele era a
pessoa mais natural do mundo” - predicativo do objeto
d) “Aprendeu os
ideogramas do japonês” - predicativo do sujeito
e) “Qualquer hesitação, (...), pode ser fatal”
- predicativo do objeto.
GABARITO
1 – b
2 – d
3 – d
4 – c
5 - a
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