Leia o texto I e faça as
questões de 1 a 5.
Texto I
Gripado, penso entre espirros em como a
palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas. Partiu da Itália
em 1743 a epidemia de gripe que disseminou pela Europa, além do vírus
propriamente dito, dois vocábulos virais: o italiano influenza e o francês
grippe. O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava “influência dos astros sobre os homens”.
O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-se que fizesse referência ao modo
violento como o vírus se apossa do organismo infectado.
(RODRÍGUES, S. Sobre
palavras. Veja, São Paulo. 30 nov. 2011.)
1)
Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor
reconheça a ligação entre seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída inicialmente:
a) pela ocultação do sujeito “eu”.
b)
Pelo
uso do termos em francês “gripper”.
c)
Pelo
uso constante do pronome “eu”.
d)
Pelo
emprego dos numerais “primeiro” e “segundo”.
e)
Pela
caracterização do vírus como violento.
2) No
trecho “penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após uma série
de contágios entre línguas”, o autor:
a)
usa
linguagem técnica para iniciar a explicação sobre a origem da palavra “gripe”.
b)
usa
linguagem figurada para iniciar a explicação sobre a origem da palavra “gripe”.
c)
Explica
objetivamente a origem da palavra “gripe”.
d)
informa
que o gripe é uma doença contagiosa.
e) Informa que a gripe é transmitida pela língua.
3)
Segundo o texto, qual é a característica do vírus da gripe?
Releia:
Em
“Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado“
Agora
faça as questões 4 e 5:
4)
O que justifica o uso singular da forma verbal em destaque?
5)
Sintaticamente, o termo “do organismo infectado” é classificado como:
a) Objeto direto
b) Objeto indireto
c) Sujeito
d) Agente da passiva
e) Adjunto adnominal
Leia o texto II e faça as
questões de 6 a 8.
Texto II
O mundo mudou
O mundo mudou. “O mundo mudou” porque
está sempre mudando. E sempre estará, até que um dia chegue o seu alardeado fim
(se é que chegará). Hoje vivemos "protegidos" por muitos cuidados e
paparicos, sempre sob a forma de “serviços”, e desde que você tenha dinheiro
para usá-los, claro. Carro quebrou na marginal? Relaxe, o guincho da seguradora
virá em minutos resgatá-lo. Tem dificuldade de locomoção? Espere, a empresa
aérea disporá de uma cadeira de rodas para levá-lo ao terminal. Surgiu uma
goteira no seu chalé em plenas férias de verão? Calma, o moço que conserta
telhados está correndo para lá agora. Vai ficando para trás um outro mundo — de
iniciativas, de gestos solidários, de amizade, de improvisação (sim, “quem não
improvisa se inviabiliza”, eu diria, parafraseando Chacrinha). Estamos criando
uma geração que não sabe bater um prego na parede, trocar um botijão de gás,
armar uma rede. É, o mundo mudou sim. Só nos resta o telefone do SAC, onde
gastaremos nossa bílis com impropérios ao vento; ou o site da loja de
eletrodomésticos onde ninguém tem nome (que saudade dos Reginaldos, Edmilsons e
Velosos!). Ligaremos para falar com a nossa própria solidão, a nossa
dependência do mundo dos serviços e a nossa incapacidade de viver com real simplicidade,
soterrados por senhas, protocolos e pendências vãs. Nem Kafka poderia sonhar
com tal mundo.
(ZECA BALEIRO.
Disponível em: www.istoe.com.br. Acesso em: 18 maio 2013 - adaptado)
6)
(ENEM – 2017) O texto trata do avanço técnico e das facilidades encontradas
pelo homem moderno em relação à prestação de serviços. No desenvolvimento da
temática, o autor:
a)
mostra a necessidade de se construir uma sociedade baseada no anonimato,
reafirmando a ideia de que a intimidade nas relações profissionais exerce
influência negativa na qualidade do serviço prestado.
b)
apresenta uma visão pessimista acerca de tais facilidades porque elas
contribuem para que o homem moderno se torne acomodado e distanciado das
relações afetivas.
c)
recorre a clássicos da literatura mundial para comprovar o porquê da
necessidade de se viver a simplicidade e a solidariedade em tempos de solidão
quase inevitável.
d)
defende uma posição conformista perante o quadro atual, apresentando exemplos,
em seu cotidiano, de boa aceitação da praticidade oferecida pela vida moderna.
e)
acredita na existência de uma superproteção, que impede os indivíduos modernos
de sofrerem severos danos materiais e emocionais.
7)
No trecho “Carro quebrou na marginal? Relaxe, o guincho da seguradora virá em
minutos resgatá-lo”, o pronome oblíquo “lo” é usado como elemento de coesão
textual fazendo referência a que termo no texto?
8)
Adjuntos adnominais são termos que acompanham o núcleo de uma função sintática
a fim de determinar, indeterminar ou caracterizar esse núcleo. Considerando
essa afirmação, identifique os adjuntos adnominais presentes em “trocar um
botijão de gás”.
Leia o texto III e faça as
questões 9 e 10.
Texto III
O
tapete vermelho na porta é para você se sentir
nas
nuvens antes mesmo de tirar os pés do chão.
(Campanha publicitária de empresa aérea)
(Disponível em:
http://quasepublicitarios.wordpress.com. Acesso em: 3 dez. 2012)
9)
(ENEM- 2017) Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como práticas de
linguagem, assumindo configurações de especificidade, de forma e de conteúdo.
Para atingir seu objetivo, esse texto publicitário vale-se do procedimento
argumentativo de:
a)
valorizar o cliente, oferecendo-lhe, além dos serviços de voo, um atendimento
que o faça se sentir especial.
b)
persuadir o consumidor a escolher companhias aéreas que ofereçam regalias
inclusas em seus serviços.
c)
destacar que a companhia aérea oferece luxo aos consumidores que utilizam seus
serviços.
d)
enfatizar a importância de oferecer o melhor ao cliente ao ingressar em suas
aeronaves.
e)
definir parâmetros para um bom atendimento do cliente durante a prestação de
serviços.
10)
Sabe-se que as construções dos enunciados em língua portuguesa permite uma
riqueza de possibilidades, principalmente no que se refere ao uso de frases e
orações, nas estruturas mais complexas dos períodos compostos. Nesse sentido,
identifique o número de orações e frases do enunciado da campanha publicitária
em estudo.
GABARITO
1) a
2) b
3) Ele é contagioso e se apossa violentamente do organismo infectado.
4) O verbo concorda em número e pessoa com o sujeito "vírus".
5) b
6) b
7) Refere-se a "carro".
8) "um" e "de gás".
9) a
10) O enunciado contém uma frase e três orações.